A requalificação do antigo terminal rodoviário de Ourém e a sua transformação em Loja do Cidadão terá chegado a um ponto sem retorno. A convicção é do presidente da câmara, Luís Albuquerque, e foi expressa no final da última reunião de executivo, na qual foi aprovado o estudo prévio de intervenção no edifício, devoluto há vários anos.
Estimada em 4,6 milhões de euros (ME), empreitada deverá ser lançada durante o primeiro trimestre do próximo ano e a expectativa do município é que a obra arranque ainda em 2025, de forma a que esteja concluída até Junho de 2026, o prazo limite para a execução de projectos apoiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“Temos um financiamento de 1,3 ME. O restante será um esforço do orçamento municipal”, avança Luís Albuquerque, que tem esperança que a requalificação do espaço possa “dar vida” a uma zona da cidade que, nos últimos anos, perdeu muito da dinâmica que teve no passado, nomeadamente, do ponto de vista comercial. “É uma oportunidade que a cidade tem de voltar a ter movimento naquela zona”, perspectiva, lembrando que a requalificação da rodoviária “é uma ambição de muitos anos”.
Estacionamento coberto
A futura Loja do Cidadão, que funcionará no edifício do antigo terminal, acolherá os serviços da Autoridade Tributária, da Segurança Social e do Registo Civil, com a conservatória predial a manter-se nas instalações do tribunal. O projecto prevê ainda a construção de um parque de estacionamento, coberto com uma pala, com 60 lugares e com acesso a partir de rua Dr. Francisco Sá Carneiro.
O projecto contempla ainda uma cafetaria e três lojas, estas viradas para a Igreja Matriz e que deverão ser concessionadas, preferencialmente, a entidades prestadoras de serviço, como a Tejo Ambiente ou a EDP. Numa segunda fase, avançará a criação de um novo terminal, com uma zona de carga e descarga de passageiros e de mercadorias, cinco cais de embarque e um edifício de apoio, a localizar no espaço em terra batida que hoje é usado como estacionamento, junto à antiga rodoviária.
Questionado sobre o futuro do espaço onde funcionam as Finanças, que é propriedade da Autoridade Tributária, o presidente da câmara revela que o município irá tentar que passe para a câmara, com o objectivo de aí serem instalados os Julgados de Paz. “A Comunidade Intermunicipal [do Médio Tejo] está a tentar assegurar dois espaços desses, um em Ourém e outro em Abrantes. No nosso caso, o edifício das Finanças seria uma boa localização”, defende.