A Associação de Pais da Escola Secundária Afonso Lopes Vieira (ESALV), em Leiria, teme que, mais uma vez, as obras prometidas para a escola não se venham a realizar num futuro próximo.
As dúvidas levantam-se depois de a Câmara de Leiria apresentar o projecto, referindo, contudo, que a prioridade, definida pela Associação Nacional dos Municípios Portugueses colocou a ESALV como urgente e a Escola Básica 2, 3 D. Dinis classificada como muito urgente.
No dia do jogo da União de Leiria, que coincidiu com a abertura da Feira de Leiria, a comunidade da ESALV distribuiu um panfleto, com as imagens de deterioração da escola, onde são visíveis tectos com humidade, água dentro de salas, chuveiros cheios de bolor e com pouca salubridade, estores partidos, casas de banho inutilizadas e a destinada a deficientes com carros de arrumos, além do chão de alguma salas com azulejos em falta e janelas partidas forradas a cartão.
“Saúda-se a aprovação de um projecto de requalificação da ESALV, mas questiona-se a ausência de calendarização da intervenção”, refere a Associação de Pais.
Receio de procrastinação
Segundo os pais, “persistem dúvidas sobre o financiamento” para que as obras possam arrancar e “estranha-se a omissão de um projecto que abranja o pavilhão gimnodesportivo da escola e que também serve a comunidade envolvente”.
Os pais também consideram que o esboço do desenho da nova escola não mostra “funcionalidades específicas da escola, que se salienta, a título de exemplo, um espaço adequado ao apoio a actividades de alunos com necessidades educativas especiais ou salas de trabalho dos departamentos curriculares”.
“Igualmente é preciso esclarecer e fixar a tipologia da escola, o número de alunos que irá servir, a instalação de equipamentos de eficiência energética e verificar a adequação da mobilidade no recinto escolar, nomeadamente de fornecedores da cozinha/refeitório”, referem ainda os pais.
Perante este enquadramento, entende a associação de pais, “existe legítimo receio que o recente anúncio seja, de novo, a procrastinação de um desígnio justo que reforce a coesão do território concelhio, que inclua, com qualidade, as periferias urbanas e que favoreça a igualdade de oportunidades no ensino”.
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requalificação “muito urgente”
da ESALV. Na terça-feira, o
documento tinha sido subscrito
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