Entrou em obras no Verão, com a promessa que em Setembro a primeira fase da empreitada estaria concluída. Hoje, volvidos mais de dois meses, a obra do jardim-de-infância da Torre, na Batalha, continua por concluir, e a falta de condições da sala onde as cerca de 20 crianças se encontravam obrigou já à sua passagem provisória para o centro escolar do Reguengo do Fétal.
O assunto foi levado à reunião de câmara da última segunda-feira por alguns pais, que exigiram saber a data concreta para o término da obra.
“Em vésperas da abertura do ano lectivo houve uma reunião com o vice-presidente e o empreiteiro, onde tivemos quase uma garantia que a primeira fase da obra estaria pronta a 11 de Setembro. Pareceu-nos muito ambicioso pelo trabalho que ainda era necessário executar, e no dia 11 estava longe de estar pronta”, começou por referir o representante dos pais.
Segundo o munícipe, “continuou o diálogo com o vice-presidente, e falou-se na data de 30 de Setembro, que também não foi cumprida”. Desde então apareceram dois novos prazos: 31 de Outubro e 30 de Novembro. “Queremos saber qual a data formal e aceitável para o término. Não vale a pena dizer que é 30 deste mês, se não for realista.”
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O representante relatou ainda que, na última semana, quando foi conhecida a nova data, surgiu um “mal-estar geral entre os pais”, que culminou numa reunião entre uma das mães e o presidente da autarquia, onde foi abordada a falta de condições da escola. “A situação neste momento é provisória, com os meninos no Reguengo do Fétal. Mas temos sempre aquela tendência do provisório que se vai tornando definitivo, e poderá levar as obras a arrastarem-se mais.”
Em resposta, o vice-presidente enumerou as vicissitudes do processo, com a primeira a ser o facto do concurso ter ficado deserto, tendo havido a necessidade de “fasear o projecto e colocá-lo numa fase em que a escola fosse utilizada”, e reconheceu o incumprimento das datas pelo empreiteiro, em virtude da falta de mão-de-obra.
“As datas indicadas foram sempre comunicadas como intenção do empreiteiro, e infelizmente não aconteceram no prazo que gostaríamos”, referiu Carlos Agostinho, pedindo “desculpa pelo transtorno causado”.
O número dois do executivo admitiu ainda o “aparecimento de algumas patologias” na sala, como condensação no tecto, motivo pelo qual, aliado ao apelo dos pais, “se entendeu que devíamos migrar para uma solução mais adequada”. “A empresa mantém o seu cronograma e a conclusão desta fase no final deste mês. Vamos esperar que sim.”