PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Abertura

Pais divididos entre apoio aos docentes e aprendizagem dos filhos

Elisabete Cruz por Elisabete Cruz
Janeiro 19, 2023
em Abertura
0
Pais divididos entre apoio aos docentes e aprendizagem dos filhos
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

Os pais começam a ficar cansados da greve por tempo indeterminado que os professores de todo o País estão a fazer desde Dezembro. Aliada a esta situação, os diferentes sindicatos têm assumido formas de luta díspares.

Além da paralisação sem data, há greves só à primeira hora ou a uma determinada hora do dia e, mais recentemente, em todas as escolas por distrito. Acresce à greve dos docentes, a luta dos técnicos e assistentes operacionais.

O Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (STOP) têm mobilizado psicólogos, terapeutas e auxiliares numa luta que considera ser de todos a bem da “defesa da escola pública”. Mas muitos pais estão à beira de um ataque de nervos. Para muitos, encontrar uma alternativa para deixar os filhos quando não têm aulas tem sido uma verdadeira dor de cabeça.

Muitos encarregados de educação compreendem e até apoiam a luta dos docentes, mas também estão preocupados com as aprendizagens dos filhos. “Ontem não teve aulas, hoje não tem aulas, nos últimos tempos tem sido sempre assim. Não tenho onde deixá-lo e sou obrigado a levá-lo para o tribunal. Já é mais conhecido do que os advogados”, afirma Belmiro Fonte, advogado de profissão, com um filho no 1.º ciclo na escola Dr. Correia Mateus. Este pai lamenta esta greve por tempo indeterminado e garante que no próximo ano o seu filho deixará a escola pública e irá frequentar o Colégio Conciliar Maria Imaculada.

“Isto não pode continuar assim. As crianças são afectadas nas aprendizagens e os pais não têm condições para ficar com eles”, constata.

Ana Oliveira, mãe de duas crianças a frequentar uma escola do 1.º ciclo do Agrupamento de Escolas D. Dinis, em Leiria, está ao lado dos professores, embora reconheça que depois de dois anos de pandemia, estas greves não serão benéficas para as aprendizagens.

“Os professores têm toda a razão e fazem bem em estar em greve. É legítimo, mas admito que após dois anos de pandemia, as crianças voltam a não ter um ano normal. O meu filho está no 4.º ano e para o ano vai para ao 2.º ciclo, não sei se os professores conseguirão recuperar as aprendizagens”, constata esta encarregada de educação.

Apesar de transtornar o seu dia-a-dia, esta mãe consegue resolver com alguma facilidade a falta de aulas. “Felizmente, estou num trabalho que me permite levá-los para lá durante o tempo que demora a irem buscá-los para ficarem com os avós. Sei de situações que as entidades patronais não são tão compreensivas”, afirma Ana Oliveira.

Um dos problemas com que esta mãe se depara é com o cancelamento das refeições, que só pode ser comunicado até às 10 horas. “Por vezes, não sabemos se vai haver aulas e nem sempre se consegue cancelar as refeições já pagas”, lamenta.

Lidiane Ambrósio também está ao lado dos professores. “Entendo a luta deles. Os professores não são valorizados. Claro que prejudica os pais, sobretudo, aqueles que estão a trabalhar em determinados empregos”, assume. Segundo outras mães, que não se identificaram, a solução tem sido “pagar mais ATL” ou “faltar ao trabalho” para ir deixá-los aos avós.

“Estou solidária com os professores, mas quem está a sair mais prejudicado são os alunos. Já foram penalizados com a pandemia e agora não têm aulas devido às greves”, adianta Patrícia Jerónimo, ao referir que conhece situações de mães a quem já lhe começaram a descontar as horas em que faltam para irem buscar os filhos por causa da greve de professores e “outras têm o trabalho em risco”.

Carina Gaio admite que a situação “transtorna a vida de todos, mas o objectivo é mesmo esse: transtornar”. “Acho muito bem que lutem pelos seus direitos. Hoje consigo levá-la e como o pai trabalha por turnos também pode ficar com ela, mas também tenho o apoio da família”, confessa ao JORNAL DE LEIRIA.

A entreajuda entre pais é também um apoio para os alunos. Aqueles que se podem deslocar à escola trazem os seus filhos, mas também alguns colegas.

Maria João Sousa é enfermeira e compreende a luta dos docentes. Acabada de sair do turno da noite, esta mãe recebeu, na quinta-feira, o telefonema da filha para a ir buscar porque não iria ter aulas.

Crianças do 1.º e 2.º ciclos mais prejudicadas

A imprevisibilidade aumenta os níveis de ansiedade de qualquer pessoa, a que crianças e jovens não são excepção. “A interrupção dos tempos lectivos parece-me sobretudo prejudicial em crianças de 1.º ciclo, pelas exigências que o início da aprendizagem já acarreta por si só, e pelo facto de muitas destas crianças serem as que estão ainda a recuperar aprendizagens de dois anos lectivos afectados pela pandemia”, constata Alexandra Lázaro.

A psicóloga clínica acrescenta que “num tempo em que a conjuntura actual nos abala a sensação de segurança, a retoma das rotinas e do que é previsível, seria fundamental para o bem-estar e equilíbrio emocional das crianças e jovens”.

Segundo a especialista o impacto desta luta dos docentes é também significativa no 2.º ciclo, “altura em que as mudanças são tremendas e as crianças procuram ainda organizar-se no meio das suas novas rotinas de trabalho”.

Para estes alunos “a sensação de ansiedade poderá ser maior”. Alexandra Lázaro alerta ainda para uma situação idêntica ao contexto da pandemia, quando as “crianças mais frágeis” do ponto de vista da aprendizagem (com necessidades educativas especiais) e económico-social “voltam a ficar mais expostas”.

A psicóloga entende que “oscilações nas rotinas e tentativa de retoma constante das mesmas poderão levar a uma alteração das dinâmicas familiares, aumento dos níveis de stress parental com impacto negativo nos filhos, maior fadiga das crianças, perda de ritmo de trabalho e, consequentemente, maior desmotivação no regresso à normalidade”.

Por isso, recomenda aos pais ajudarem os filhos a encontrarem actividades para ocupar o tempo livre, evitando demasiado tempo em frente aos ecrãs. Poderão ainda explicar os “possíveis cenários do dia seguinte” para tranquilizá-los sobre o que poderá suceder caso não haja aulas, “aumentando assim a sensação de previsibilidade e segurança”.

Beneficiar com a greve

Alexandra Lázaro considera que também é possível retirar ganhos com este contexto de greve, sendo uma “oportunidade para os pais dialogarem com os filhos sobre os temas que vão sendo debatidos nos jornais e telejornais, sobre a importância do direito à greve, sobre o pedido de melhorias de condições de trabalho pelos quais os professores estão a lutar, entre outras”.

A psicóloga também acredita que este poderá ser um “momento de maior aproximação e empatia entre alunos, professores e pais”. “Tal como noutras alturas, quer concordemos ou não, importa manter uma boa imagem dos professores perante os filhos, para que possam continuar a respeitá-los no futuro próximo”, reforça.

Etiquetas: aberturaansiedade das criançasdocentes em greveeducaçãoencarregados de educaçãogreveministério da educaçãoprofessorespsicólogossociedade
Previous Post

Vão chover Amaros… e leituras!

Próxima publicação

Entendam-se por favor 

Próxima publicação

Entendam-se por favor 

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.