– Já não há paciência… para os armazéns de supermercado que invadem as cidades, professores em greve, o preço da luz e do combustível, e para todos os que se gabam que conhecem alguém não sei aonde e que fazem não sei o quê.
– Detesto… pavimentos cerâmicos a imitar madeira, loteamentos, a não antecipação em perceber o que é um mau projecto e um futuro mau edifício, e a falta de meritocracia que invade a nossa sociedade.
– A ideia… é desenhar um bloco de apartamentos onde consiga morar, ao estilo de Charles Correa e sem os proclamados “acabamentos de luxo.”
– Questiono-me se… algum dia o vizinho da minha mãe irá refazer o muro que desabou para cima da casa dela há 8 anos.
– Adoro… São Pedro de Moel, os edifícios da primeira metade do séc. XX, e destralhar.
– Lembro-me tantas vezes… do edifício da Proalimentar e do potencial que aquilo tinha para ser adaptado à função de bairro residencial/cultural, onde me apetecia morar. Sempre que vejo os barracões que lá estão hoje não me conformo.
– Desejo secretamente… ser presidenta da junta e fazer da minha freguesia a mais bela de Portugal.
– Tenho saudades… do Pinhal de Leiria, da cidade sem shopping, de ser emigrante e das longas viagens de avião na companhia dos filhos.
– O medo que tive… quando me apercebi que ía ter pela terceira vez um filho sem epidural. A todos os médicos que contribuíram para isso acreditem que não vos perdoo.
– Sinto vergonha alheia… muitas vezes! Fujo constantemente do ridículo, quer do meu e muito mais do dos outros.
– O futuro… é daqui a 20 anos. Até lá é sobreviver ao presente da melhor forma que conseguir.
– Se eu encontrar… o Jacques Tati peço-lhe que me leve para dentro do Playtime.
– Prometo… menos e faço mais.
– Tenho orgulho…em ter conseguido acabar este questionário.