– Já não há paciência… para a ignorância, o individualismo, a prepotência, a falta de empatia e as conversas vazias de café (em que está sempre tudo mal, mas mexer uma palha para mudar o rumo das coisas… isso é que nem pensar!).
– Detesto… mosquitos!
– A ideia… é construir uma casa, com um quintal grande e árvores com fruta… entras, observas, escolhes o teu fruto perfeito, sobes à árvore, apanhas, comes e trazes mais uns quantos para partilhar: o sorriso “rasga-te” o rosto – e dos que estiverem à tua volta – e todos ficam recarregados para mais um dia feliz de vida.
– Questiono-me se… conseguiremos um dia acordar para um projeto verdadeiramente coletivo (em que TODOS sejamos ativos, para o bem), que contribua para a felicidade humana, ao mesmo tempo que respeita e preserva o Ecossistema.
– Adoro… os meus; o por do sol em qualquer lado; o Alentejo todo; árvores frondosas; o mar e a água cristalina que corre em liberdade; a sensação daquele momento em que mergulho na água fresca num dia de calor; miúdos a rir; música bonita; uma boa imperial de vez em quando; pão, queijo e toda a fruta.
– Lembro-me tantas vezes… de como é que foi possível a minha geração sobreviver a sua infância sem telemóveis, tablets, youtube e n canais de desenhos animados na TV, a toda a hora. Lembro-me também demasiadas vezes duma frase épica do Professor Carlos Neto: “Estamos a criar crianças totós, de uma imaturidade inacreditável”
– Desejo secretamente… encontrar uma lâmpada de Aladino que me possibilite criar a Escola em que acredito (é linda e feliz), levar o/ um “Brincar de Rua” a todos os bairros deste mundo… e fico-me por aqui (eu sonho muito!).
– Tenho saudades… de nada. Não sou uma pessoa saudosista. Mas não posso passar mais de 2 meses sem voltar à casa (da) mãe/ pai.
– O medo que tive… de morrer, de nunca mais os ver, cheirar, quando perdi o controlo do carro. Acontece tudo numa fração de segundo, mas em que parece não haver Tempo… e depois pode não haver mesmo mais nada. Safei-me; talvez tenha sido o dia em que mais chorei em toda a minha vida.
– Sinto vergonha alheia… das pessoas que entoam cânticos ofensivos no futebol; das pessoas que não optam pela não empatia; do rio Lis poluído; do plástico espalhado por todo o lado; da guerra; dos líderes sem mundo, sem visão, sem humanidade; das pessoas que gritam do alto do seu prédio “não pode brincar aí”.
– O futuro… ? Vou beijá-los e abraçá-los quando chegar a casa… o resto virá ao sabor das coincidências que vou forçando aqui e ali!
– Se eu encontrar… o botão de reset disto tudo prometo que…
– Prometo… continuar a defender as coisas em que acredito, a Educação dos nossos miúdos (necessariamente mais respeitadora das necessidades individuais de cada um), a cultura comunitária, a Natureza.
– Tenho orgulho… dos meus pais, do esforço que fizeram para garantir que tivesse o essencial para me tornar uma boa pessoa. De ter crescido, genericamente, uma boa pessoa, atenta e disponível.