para a tendência que existe atualmente para a literalidade, fazem-se rapidamente leituras literais de tudo “e mais um par de botas”, pensa-se pouco sobre os temas, aprofunda-se pouco. São tempos do “tenho de chegar primeiro”, mas calma!
– Detesto… Que o Sporting perca, embora já devesse estar habituado, eu sei. Ainda assim, e mais a sério, detesto mesmo é que família ou amigos tenham falta de saúde.
– A ideia… já dizia o outro, “a ideia é morrer velho o mais jovem possível”, já vi que não é fácil, estou cada vez mais casmurro, penso que já perdi esse comboio, mas vocês não percam a esperança.
– Questiono-me se… não seria mais fácil participarmos mais e queixarmo-nos menos, fica a ideia, até houve um dia quem dissesse, o povo unido jamais será vencido, se calhar é capaz de haver um ponto aí.
– Adoro… ter tempo, para a família, para os amigos, para olhar o Mar, por falar nisso, aquela coisa da “semana dos quatros dias”, parece-me boa ideia (foi o meu momento campanha eleitoral).
– Lembro-me tantas vezes… de uma aldeia, e atenção momento alto, vou parafrasear Tony Carreira, também eu me lembro de uma Aldeia, a terra que me viu nascer, não é perdida na Beira, mas está aqui a poucos quilómetros, a infância aqui do rapaz foi na Aldeia, e foi Feliz, recordo-a.
– Desejo secretamente… conseguir fazer uma feijoada tão boa como a da minha mãe, torçam por mim ando a treinar.
– Tenho saudades… dos abraços, dos beijos, dos “regabofes” com os amigos, da multidão, e os arraiais? Caramba, ainda se lembram? Havia até quem dançasse agarradinho, precisamos de pôr o mundo a dançar de novo, protejam-se, vacinem-se!
– O medo que tive… isto não se pergunta a quem sofre de ansiedade, passo.
– Sinto vergonha alheia… se a pessoa opta por fugir do que é entendido por perfeição dentro de um padrão social, é da vida, toda a gente tem direito ao ridículo, quem sou eu para registar.
– O futuro… será que vamos conseguir recuperar destes últimos anos? Haja vinho.
– Se eu encontrar… se não for meu, eu devolvo.
– Prometo… dar o máximo, sempre dar o máximo, por mim, pelos outros.
– Tenho orgulho… da capacidade de manter viva a paixão pela rádio, milhares de horas ganhas ao microfone, um privilégio.