– Já não há paciência… para pessoas rudes. Nunca reconhecem a generosidade dos outros, são altamente críticos, acham que nunca os “servem” bem. Ser suave, ser gentil, é ter poder. Ser arrogante e autoritário é… só estúpido. Não há fórmula certa para lidar com estas pessoas. É saber desistir e desejar tudo de bom.
– Detesto… quando não deixam acabar as músicas na rádio, que falem por cima do fim – Qual é a pressa?!
– A ideia… é ter cada vez menos ideias pré-concebidas. Estar atento e recetivo, ultrapassar a nossa rigidez e caminhar para um pensamento mais livre. Na certeza de que não sabemos tudo (nem nunca vamos saber). Como diz o Miguel Esteves Cardoso, nascer é um bom começo. O resto e discutível.
– Questiono-me se… há um sentido para a vida. Quem não?
– Adoro… um dia de praia, comer com o sal no corpo, sem horários. Um bom livro, um bom filme, uma boa conversa. Conhecer pessoas boas, para partilhar a estupidez do mundo, dos outros, e de nós próprios. Rir em cumplicidade, sem filtros, é impagável. Se os que estão à nossa volta estiverem bem e felizes também, é a cereja em cima do bolo!
– Lembro-me tantas vezes… de uma frase que li: o equilíbrio da vida está entre o deixar fluir e fazer fluir. É andar sempre neste fio da navalha. Descontração versus foco. Tentar a dose certa, e ir aprendendo com os erros.
– Desejo secretamente… estar em silêncio. Lembro-me de fazer puzzles horas a fio com o meu pai, sem falarmos. Bastava estar. Essa sensação de entendimento silencioso é muito boa. É um lugar de conforto.
– Tenho saudades… das torradas com manteiga e mel que a minha avó me trazia, enquanto eu via televisão, deitada na cama dela, debaixo de um cobertor elétrico.
– O medo que tive… que o Fizz de limão desaparecesse para sempre! Mas veio para ficar: como as gorilas, o Jói de laranja, ou o Trina de maçã.
– Sinto vergonha alheia… da vaidade em demasia.
– O futuro… é hoje indissociável das alterações climáticas, e da (possível) 3ª guerra. Não parecemos estar a caminhar para boas soluções. Eu acreditei sempre que a humanidade estava a caminhar para melhor, agora já não sei.
– Se eu encontrar… uma forma de ressuscitar a Maria Callas, eu aviso.
– Prometo… ser mais assertiva, saber dizer não.
– Tenho orgulho… na minha mãe. Uma força da natureza. Energia para dar e vender, foi-se adaptando às circunstâncias da vida, sinal de inteligência. Ocupa-se dela e dos outros, e está determinada em aproveitar os dias. O caráter permanece
intacto, e as prioridades nunca se invertem – é um rochedo.