– Já não há paciência…para as obras intermináveis nesta cidade, para os senhores condutores que estacionam em cima dos passeios e dentro das paragens de autocarro, e ainda para a falta de apreço para com o outro.
– A ideia… de ver os meus desenhos expostos assustava-me imenso, de os ver à mercê dos outros era algo que me deixava petrificada. Agora serve-me de consolo perceber que estão a ser tão bem recebidos.
– Questiono-me se… Quando for desta para melhor se poderei ter à minha mesa de jantar o Bowie, o Prince, a Joan Dion e mais uns quantos… , é esta a minha visão do paraíso. Se entretanto o Brian Wilson também já lá tiver chegado, convido-o!
– Adoro… que o meu sentido de humor seja menor que zero! De uma certa forma sinto-me um pouco menos humana, parece que existe algo para o qual se esqueceram de me programar.
– Lembro-me tantas vezes… de fazer tantas coisas que acabam por nunca se concretizar. Como ontem que me esqueci de tirar a barriga de porco do congelador.
– Desejo secretamente… Enrolar-me com a Sofia Coppola e a Michelle Williams.
– Tenho saudades… De ter paciência e fé no mundo, da casa dos meus avós, de ir apanhar amoras silvestres, do parque de campismo do Pedrógão e das Caldas da Rainha.
– O medo que tive… e continuo a ter de Palhaços, no sentido literal e figurativo. E mais não digo!
– Sinto vergonha alheia… de mim mesma, das figuras que faço quando meto os phones nos ouvidos e ando a cantar e a dançar na rua e no autocarro.
– O futuro… nunca gostei de pensar muito no futuro, o futuro é já amanhã e tenho de ir tratar do cocó dos gatos, fazer o jantar, a marmita para levar para o trabalho e levar a minha mãe à fisioterapia.
– Se eu encontrar… o “Sítio das Coisas Selvagens” nunca mais saio de lá!
– Prometo… continuar a questionar tudo e todos, a ser impertinente, desbocada, e a não ter filtros!
– Tenho orgulho… nos meus amigos, na minha irmã e na minha mãe.