– Já não há paciência … para as sucessivas crises de um Governo de maioria absoluta e para o jornalismo que é feito nas televisões em Portugal. Os jornais e as rádios são sempre um bocadinho melhores, mas não muito.
– Detesto… muita coisa, nomeadamente… ver o meu ordenado desaparecer no início do mês e a falta de solidariedade entre pessoas e profissões. Todas as profissões são importantes, todas as pessoas podem dar algo bom. E todos merecemos um aumento no ordenado.
– A ideia… de ajudar os outros levou-me a sonhar trabalhar numa biblioteca. A certa altura trabalhar numa biblioteca pareceu-me uma vocação. Eu gosto de ler, mas trabalhar numa biblioteca e ler são incompatíveis. As pessoas têm uma ideia diferente.
– Questiono-me se… as pessoas têm noção do que é uma biblioteca pública. E o que é? É um local onde têm acesso a livros, revistas, jornais, CD, DVD (e VHS) e vários eventos gratuitamente. Um local onde se pode ir toda a vida, dos zero aos 100, onde se pode ir buscar informação e entretenimento para ver em casa.
– Adoro… ler, escrever, conversar, aprender coisas novas, fazer publicações no meu blogue, as sessões dos Companheiros de Escrita (projecto que nasceu em 2020). E também adoro o meu trabalho.
– Lembro-me tantas vezes… do meu percurso académico. De tantos momentos felizes e infelizes. Sou muito grata aos meus colegas (de trabalho e de estudo) e aos meus professores. Sem eles não teria sido possível ser trabalhadora-estudante.
– Desejo secretamente… O desejo, nada secreto, de que o meu ordenado aumente e que a pobreza envergonhada que existe em Portugal desapareça. Às vezes parece-me que muitos ideais do 25 de Abril ainda não foram cumpridos, não obstante as notícias digam o contrário.
– Tenho saudades… de colegas e amigos que não vejo há muito. E dos meus avós porque já morreram. E da adrenalina de criar projectos como o Akadémicos.
– O medo que tive... e tenho, de que o normal volte a ser a mulher relegada a um papel secundário, de que a intolerância e a falta de solidariedade triunfem, de que a pobreza seja o novo normal, de não saber lidar com pessoas com doenças mentais, de me tornar vítima dos meus medos…
– Sinto vergonha alheia… de quem acredita nas boas intenções do Chega, e da sociedade em que nos tornámos, onde só a polémica “vende”.
– O futuro… é uma incógnita para mim. Tenho muito sonhos, mas neste momento parecem todos impossíveis.
– Se eu encontrar… maneira de sobreviver e de tornar alguns sonhos realidades, serei mais feliz. E quando eu encontro amigos sou feliz.
– Prometo… Prometi responder a este questionário e cumpri. Mas não prometo mais nada!
– Tenho orgulho… nos meus amigos e no meu percurso. Costumo dizer que os meus gurus são os meus amigos. Tenho tido a sorte de conhecer gente espectacular. Claro que nem toda a gente é espectacular, mas aqueles que são, valem por 10.