Já não há paciência… A nossa raça lusitana tem paciência, quando perdermos a paciência o mundo está acabado. Só não tenho paciência de esperar que a minha cadela defeque, aí passo-me.
Detesto… Não detesto nada. Só detesto não ter paciência para esperar que a minha cadela defeque, isso e empadão de arroz.
A ideia… São muitas ideias brilhantes. Fazer festas no castelo em 1980… Acabei de ter uma excelente ideia.
Questiono-me se… ,quando morrer, tive tempo de viver. E se vou para o céu, inferno ou purgatório. Oh! Já não há purgatório.
Adoro… Viver. Rir. Comer. Amigos. Família. Brincar. Ler. Poesia. Viver sem sofrer, essa utopia.
Lembro-me tantas vezes… do avô Pessoa, da avó Ermelinda, do Paulo e do André. Do Cazé e do Pitó. Lembro-me muitas vezes do que me queria lembrar, mas esqueci-me.
Desejo secretamente… um Porsche e uma ilha deserta cheia de ninfas. E uma pila grande, virar muçulmano, tornar-me mártir e ter 70 ninfas à minha espera. A dita grande era para isso.
Tenho saudades… da infância, da professora Eduarda do Jardim Escola, do meu avô, do meu pai, do bruto do meu tio Rui, do tio Lino e da inocência.
O medo que tive… infelizmente para mim, nunca fui de ter medo. Só tive muito medo quando percebi que se não lutasse a droga vencia-me. Aí tive medo!
Tenho vergonha alheia… Não tenho. Se não tenho vergonha de mim porque terei dos outros? Orgulho alheio sim, do sucesso dos que me são próximos.
O futuro… preocupa-me. Preocupa-me perderem-se os valores tradicionais. Arre, a Gracinda e o César irem de férias no verão preocupa-me.
Se eu encontrar… o caminho da luz, faço uma ligação directa, porque os donos das companhias são uns ladrões.
Prometo… que se eu encontrar o caminho da luz faço uma ligação directa para todos. Vão gamar o Camões.
Tenho orgulho... de ser como sou, lindo, maravilhoso e fantástico.