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Durante 35 anos, Carlos Ferreira viveu fora de Portugal, a ganhar a vida embarcado em navios de recreio ou como empregado de hotelaria e restauração na Austrália, onde também deu aulas. Ao número de países onde lançou âncora, já perdeu a conta. Mas sabe que pisou solo de todos os continentes, em cinco voltas ao mundo.
No regresso à Nazaré, com a mulher, Janeta Ferreira, de nacionalidade polaca, que conheceu nos cruzeiros, está na cabine de comando de um novo restaurante, que, claro, só podia chamar-se Pangeia (o nome dado ao bloco de terra que unia toda a superfície terrestre e de onde nasceram todos os continentes, há muitos milhões de anos).
Localizado no miradouro da Perderneira, na Rua Abel da Silva, o Pangeia beneficia de uma vista panorâmica privilegiada para o oceano, que justifica a visita mesmo antes de se abrir a ementa. E a remodelação do edifício que alberga sala de refeições (mais de 100 lugares), bar e terraço aproveita na plenitude o posicionamento sobre a falésia, com inúmeras janelas ao longo das fachadas.
Mesmo num dia envergonhado, com pouco Sol, a luminosidade do espaço interior também joga a favor do projecto inaugurado por Carlos e Janeta em Agosto do ano passado, após um investimento de um milhão de euros.
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