A carreira profissional no ténis é o seu plano A, mas sabe que os estudos não podem ficar para trás.
A tenista Matilde Parreira sonha com um futuro no mundo do ténis e, para poder cumpri-lo, prepara-se para atravessar o oceano Atlântico e mudar-se para os Estados Unidos da América (EUA), local onde consegue conjugar os treinos intensos com a sua educação, sem que nenhum deles saia prejudicado.
O primeiro contacto com o court foi aos 7 anos, apenas por diversão. “Comecei só por lazer, ainda não sabia que o bichinho da competição estava lá.” Certo é que, quando deu início à sua carreira, os resultados apareceram.
Aos 18 anos, esta leiriense já foi campeã nacional de pares mistos em sub-18 (2023), vice-campeã nacional de pares mistos em sub-18 e também vice-campeã nacional em pares femininos (estes dois últimos conquistados em 2024).
Entre outros bons resultados internacionais, como a presença nas finais a pares do torneio ITF Junior, a tenista reconhece que evoluiu ainda mais o seu jogo desde que começou a treinar com André Lopes, no Rackets Sport Clube de Leiria.
Apesar de querer cumprir o sonho de seguir a carreira profissional a full-time, sabe que ainda não é o momento para deixar os estudos. “Estou num bom nível, mas ainda seria arriscado largar tudo e focar-me já no profissional, cá em Portugal não é muito fácil. É um desafio muito mental, ainda há umas coisas por amadurecer”, reconhece.
Os EUA ofereceram-lhe a oportunidade de se dedicar à carreira desportiva e profissional, sem ter de deixar um de lado.
Matilde Parreira vai aterrar em Michigan, em Agosto, e prepara-se para enfrentar uma competição de alto nível, onde pode continuar a evoluir a sua técnica.
A universidade onde ficará é “outro mundo”. Com vários ginásios, piscinas olímpicas e campos de ténis ao ar livre e indoor, tem todas as condições para se focar nos treinos.
Os treinos serão bi-diários e, mesmo assim, haverá tempo para estudar, uma vez que proporcionam “muito mais flexibilidade para o desporto”.
Matilde Parreira conseguiu uma bolsa que suportará a 100% os gastos e, por isso, acredita que tem “tudo para dar certo e para continuar a evoluir e a treinar ao mais alto nível”.
Quanto à área de estudos que quer seguir, ainda não tem tudo decidido, mas está certa que pretende algo relacionado com engenharias e biologia.
Não sente pressão para escolher, porque também tem a possibilidade de perceber se gosta das disciplinas e de trocar, caso necessário.
A única dificuldade, para já, é conseguir o visto que a permite entrar nos EUA. As novas políticas dos EUA estão a atrasar a marcação de entrevistas, mas Matilde Parreira está confiante que conseguirá tudo a tempo.