Dezoito anos depois de assumir a liderança da La Redoute Portugal, Paulo Pinto deixa o projecto. Para o gestor, é chegada a hora de terminar este “ciclo feliz”.
Através de uma publicação no Linkedin, Paulo Pinto recorda “sucessos muitas vezes improváveis, como: transformar uma marca icónica, símbolo do famoso catálogo, em um verdadeiro player digital, através de uma transformação digital inovadora para a época. Que grande aventura humana! Revolucionar o modelo de negócios da marca, que tradicionalmente vendia têxtil, e torná-la um protagonista no mercado de casa, tanto [LER_MAIS]no B2C quanto no B2B, com 75% das vendas actualmente nessas categorias! Ambicionar e implementar serviços partilhados nas áreas de informática e contabilidade em Leiria, com cerca de 150 pessoas, quando, no início, sugeriram mudar os escritórios para Lisboa. Liderar, em 2013, a recuperação da filial espanhola num momento difícil, sempre valorizando as especificidades de cada país. E, o que mais me orgulha e nunca irei esquecer: contribuir para o relançamento da La Redoute em França e na Europa”.
“Chegou o momento de parar, reflectir e pensar em como posso continuar a ser útil. Avaliar quais os novos desafios, digitais ou não, que me podem inspirar”, partilha o gestor.
A La Redoute passará entretanto a contar com uma organização distinta, por regiões, sendo que este território será liderado por um director holandês, Damien Poelhekke, adianta Paulo Pinto ao nosso jornal.
Sem planos para o futuro, o gestor admite que gostaria de trabalhar agora num projecto regional ou nacional.
Paulo Pinto nasceu há 55 anos, em Lisboa, mas está radicado em Leiria há mais de 30. Formou-se em Economia, em Coimbra, e teve uma breve experiência na banca antes de entrar na La Redoute, trocando o universo das finanças pelo marketing.
Ao longo dos anos assumiu várias funções na empresa, desde os primórdios da mesma, ainda instalada no Edifício 2000.
Foi director-geral da La Redoute Portugal e Espanha e CEO da La Redoute Portugal desde 2007.