O Grupo Pearlmaster, sediado em Parceiros, Leiria, apresentou, na sexta-feira da semana passada, a sua nova unidade, a Pearlizplas.
Com a inauguração, a empresa concluiu a segunda fase de um investimento de quatro milhões de euros, com um horizonte de três anos, e que é candidato ao Portugal 2030.
“Temos já 60% do projecto realizado. Temos a infra-estrutura criada e aumentámos a produção em três novas máquinas. Temos, neste momento, nove máquinas a trabalhar e falta-nos ano e meio para terminar o investimento”, refere Lino Ferreira, administrador do grupo.
A Pearlizplas exporta 90% da produção para países como Espanha, França, Alemanha, Bélgica, Países Baixos, Inglaterra e Marrocos, com 60% deste valor destinado à indústria automóvel.
Mas a aposta é na diversificação de sectores, para reduzir o peso da indústria automóvel.
O empresário diz que o grupo procura agora espaço no mercado dos componentes eléctricos e dos produtos para o lar.
“Estamos a tentar crescer para fora do automóvel. Temos uma produção de 20 a 30% fora dessa área.”
O investimento agora concluído permitiu aumentar o volume de produção em 40%, mas a capacidade das infra-estruturas instaladas permite a duplicação dos números actuais.
“Temos tudo preparado num novo pavilhão, para passar de nove para 20 máquinas de produção. É esse o nosso objectivo para os próximos três anos”, revela.
O passo seguinte será a consolidação do projecto actual e da equipa, numa empresa que tem cinco anos de existência.
O empresário admite que o mercado dos moldes está a contrair e que, em todo o sector, o volume de negócios está “baixo”, os clientes desistiram ou alargaram o prazo das encomendas.
O mercado automóvel também encolheu e a produção para esta fileira está 30 a 35% abaixo do expectável.
Apesar dos contratempos, a empresa-mãe, a Pearlmaster, está a conseguir manter o volume de negócio, embora registe uma quebra de cerca de 10%.
“Porque é uma empresa com outra estrutura, com mais clientes e mais frentes de ataque. Independentemente de o mercado estar a descer, não se pode parar o investimento.”
Já a Pearlizplas está a perseguir uma posição como fornecedor oficial e directo do Grupo Volkswagen, que inclui a Audi, Porsche, Škoda ou Lamborghini, tendo recebido, na semana passada, uma auditoria da marca.
O administrador diz que uma das vantagens é o facto de esta ser uma empresa ainda com muita “flexibilidade”, capaz de se ajustar aos anseios e necessidades do cliente.
“Faltam-nos alguns detalhes. Mais investimento, mais digital e mais digitalização. Tudo isso faz parte da terceira fase de investimento.”
Se tudo correr como planeado, no próximo ano, o administrador calcula que será possível conseguir a posição com a VW.
A Pearlmaster, na área da comercialização de moldes, é a empresa “mais forte no grupo”, segundo Lino Ferreira.
Teve uma facturação, em 2022, de nove milhões de euros, e a Pearlizplas chegou aos três.
“Aí, o objectivo é chegarmos aos cinco milhões, nos próximos dois anos”, afirma.
O grupo emprega, actualmente, 46 pessoas: 16 na Pearlmaster e 30 na Pearlizplas.