Pedro Jerónimo é o novo administrador executivo da TUMG, em substituição de Fátima Cardoso. Já o vereador João Brito assume a presidência do Conselho de Administração da empresa de transportes urbanos da Marinha Grande, em substituição da vereadora Ana Alves Monteiro. A mesa da Assembleia Geral estará a cargo de Pedro André e a representação do município na Assembleia Geral será assegurada por Aurélio Ferreira, presidente da autarquia.
A nova composição dos órgãos sociais da TUMG foi aprovada por maioria na reunião de câmara extraordinária realizada hoje, com votos favoráveis dos três vereadores do +MPM e dos dois vereadores eleitos pelo PS, com a abstenção das duas vereadoras eleitas pela CDU.
Recorde-se que, na reunião de Câmara de segunda-feira, a[LER_MAIS] vereadora Ana Alves Monteiro apresentou ao executivo as razões pelas quais renunciava ao cargo de administradora da TUMG – Transportes Urbanos da Marinha Grande, referindo-se às “decisões, ou omissões, da administradora executiva”, que a autarca entendia não serem enquadráveis “nas boas práticas de actuação do gestor público”.
A câmara acabou nesse mesmo dia por decidir avançar com uma auditoria independente na TUMG.
Já terça-feira, Fátima Cardoso era informada por email, por Aurélio Ferreira, que deixava de exercer funções de administradora executiva a partir do dia seguinte, 1 de Junho.
Dia 1 de Junho, Fátima Cardoso reagiu em comunicado. “Desconheço quais os fundamentos que estão na génese de tal acusação, mas já solicitei, através de requerimento dirigido ao presidente da câmara, que me sejam facultados tais elementos”, referiu, acrescentando estar “ponderar recorrer à via judicial”. Para “defesa da minha honra, da minha idoneidade, do meu bom nome e da minha consideração”, justificava.
A reunião extraordinária de hoje contou com esclarecimentos, do ponto de vista jurídico, de Pedro Maia, professor da Universidade de Coimbra, que explicou à câmara que a necessidade de constituir novos órgãos sociais decorreu da saída da então presidente do Conselho de Administração, Ana Alves Monteiro, já que com a saída de parte da administração, por inerência, a restante administração caduca. A sua saída não teria forçosamente de ter sido fundamentada, observou.
Aurélio Ferreira realçou, assim, que não demitiu nem destituiu ninguém. Já os vereadores do PS afirmaram ter votado favoravelmente a composição dos novos órgãos, esperando que possam contribuir para a que a TUMG possa “inovar e melhorar ainda mais a sua performance”.
Quanto às vereadoras da CDU, disseram acreditar que se tratou de “uma manobra política para destituir do cargo Fátima Cardoso”, numa “guerra política” da qual se demarcam.