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Home Desporto

Pepe nunca soube o que é perder e nem uma septicemia o derrotou

Elisabete Cruz por Elisabete Cruz
Agosto 1, 2019
em Desporto
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Pepe nunca soube o que é perder e nem uma septicemia o derrotou
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Este Verão, o andebol de praia decorreu com uma baixa de vulto. Um dos mais emblemáticos atletas da modalidade não esteve presente. Contudo, não foi por falta de vontade que Pedro Carreira esteve ausente dos areais da região.

Uma septicemia causada pela bactéria Staphylococcus Aeros, que afectou de forma severa as meninges e todo o cérebro, obrigou-o a permanecer várias semanas no hospital de Ponta Delgada, cidade onde actualmente reside. Mas agora, passado o susto, Pepe, como é conhecido no meio, trabalha afincadamente para recuperar a forma que lhe é reconhecida.

“O andebol de praia fez-me muita falta, sem dúvida. Gostava de ter estado lá, mesmo que fosse a assistir. Os Raccoons d'Areia são um projecto de amigos que ajudei a fazer crescer e que foi ganhando notoriedade. Senti falta de lá estar e de acompanhar tanto as vitórias quanto as derrotas”, lamenta.

Ainda assim, garante que não deixou de torcer pela equipa à distância, e acompanhou tudo ao minuto através da informação divulgada nas redes sociais.

Aos 41 anos, Pepe sofreu o maior susto da vida e passou a ver a vida com outros olhos. Em Fevereiro, começou a sentir-se maldisposto, com sintomas de constipação. As dores do corpo começaram a intensificar-se, principalmente na perna direita e zona lombar, mas Pepe ignorou os alertas. 

“Fui deixando andar, recorri a um osteopata, armei-me em campeão e achava que aquilo passava. Cheguei a um ponto em que nem posição tinha para estar, porque as dores eram por todo o lado”, recorda.

A namorada insistiu e insistiu para que fosse ao médico e, já com uma consulta marcada, a situação piorou e acabou por ir ao hospital. Ficou internado e depressa foi operado. “Nessa altura, além das dores, já tinha febre e convulsões e tive que ser induzido em coma, pois corria o risco de afectar gravemente o cérebro.”

Os médicos não tiveram dúvidas de que foi atacada por uma bactéria, que lhe afectou o organismo e provocou uma infecção generalizada, que o estava a deixar debilitado. Foi dito à pessoa que o acompanhava na altura, “que tinha de ser operado de imediato, pois estava em risco de falecer”.

Foi intervencionado duas vezes à cabeça e outras duas às costas. “Tiveram de limpar o organismo. Nas costas tinha vários abcessos. Disseram-me que só 10% das pessoas com este tipo de problema sobrevive e é muito raro não ficar com sequelas.”

Dentro de campo, Pepe sempre foi um guerreiro, daqueles que nenhum adversário gosta de enfrentar. A garra que sempre pôs em cada lance foi passada para a luta no hospital. E saiu vencedor.

“Acredito que a competitividade do desporto me ajudou a ultrapassar tudo isto.  [LER_MAIS] O desporto ensina-nos a não desistir à primeira contrariedade, a não virar as costas à luta e nunca deitar a toalha ao chão. Foi isso que fiz. Era muito cedo para me ir embora, pois ainda tinha muito para fazer e para lutar.”

Designer gráfico de profissão, o andebolista admite que o seu “grande erro” foi “deixar andar”. Reticente inicialmente a falar, porque se assume como uma pessoa “reservada”, que não gosta de exposição, nem sequer quer que o vejam como o “coitadinho”, Pepe explica que aceitou abordar o assunto para deixar um alerta.

“Não deixem andar quando se sentem mal. O nosso corpo dá-nos alertas de que algo não está bem e devemos procurar ajuda médica. Se não for nada de grave, melhor. Cometi esse erro e aprendi a lição.”

O andebolista admite que o seu estado de saúde foi uma preocupação para amigos e conhecidos que nutrem um carinho por si. Os jogos que a Juve Lis e a Sismaria – dois eternos rivais – realizaram em sua homenagem sensibilizou-o.

“Não gosto de mediatismo, mas compreendo o que as pessoas fizeram. No andebol passa muita gente na nossa vida e é quando precisamos que descobrimos que há muitos que nos estão próximos.”

Depois das intervenções cirúrgicas, Pepe permaneceu três semanas em coma induzido por causa das dores. “Hoje, todos os pequenos problemas do dia-a-dia são relativizados. Olho para o lado e tenho uma postura muito diferente. Não sou tão pessimista e vejo sempre o lado bom das coisas. Volto a dizer: só 10% das pessoas na minha situação é que sobrevivem. É um abre olhos.” Por isso, agora quer aproveitar quem lhe está próximo e viver a vida ao máximo. “A vida muda num instantinho.”

Ainda a recuperar de algumas sequelas, que podem ser reversíveis, Pepe revela que ainda tem alguma amnésia e vai recuperando a memória quando se confronta com lugares ou pessoas.

Passados seis meses faz fisioterapia, pilates, terapia da fala e reaprende a andar, pois a mobilidade está mais lenta. “Imaginem um gato a quem calçamos umas meias e ele tenta gatinhar. No asfalto já ando bem, agora tenho de ir treinando em trilhos de areia para ver como o corpo reage em terrenos mais irregulares”. A visão também diminuiu, o que o obrigou a usar óculos.

E o andebol? “Não sei. Também já tenho 41 anos e as coisas não são como antes. Tenho o curso de treinador e era algo que gostava de fazer. Vou ficar pelos Açores. Estou a trabalhar na área que gosto e numa empresa que me deu todo o apoio. Apesar de em São Miguel o andebol ser um desporto em segundo plano, quem sabe se não inicio um projecto.”

O susto foi grande, mas já passou. Aos amigos deixa uma mensagem: “Estou bem e já está tudo para trás das costas. A minha vida está regularizada.”

Etiquetas: andeboldepraiapedrocarreirapeperaccoonsdareiasepticema
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