Gosta de praticar desporto ao ar livre e depara-se com amontoados de lixo, que crescem a cada dia que passa no pinhal, na Marinha Grande, sobretudo em locais mais próximos da localidade, como é o caso da zona compreendida entre Pedreanes e Portela.
A situação denunciada por este munícipe ao JORNAL DE LEIRIA, não é novidade nem para a Câmara da Marinha Grande nem para o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), que, apesar das várias possibilidades criadas para receber monos, sobrantes de obras e outros resíduos, e apesar das acções frequentes de limpeza na floresta, verificam que a Mata Nacional de Leiria continua a ser usada por muitos como depósito de todo o género de lixo.
“Existem vários locais problemáticos e de recorrentes despejos de lixo ilegal em Matas Nacionais, nomeadamente: Mata Nacional do Casal da Lebre – perto da Estrada dos Guilhermes; Mata Nacional de Leiria – perto das povoações da Marinha Grande, S. Pedro de Moel e Pilado”, reconhece o ICNF que, “periodicamente procede a acções de remoção de lixos, para as quais necessita do acordo e autorização da câmara para entregar o material recolhido na Valorlis”.
Numa das últimas acções de limpeza, precisamente há um ano, em cinco locais na Mata Nacional de Leiria, próximo da cidade da Marinha Grande, o ICNF retirou oito toneladas de lixo da floresta, “compostas por fios eléctricos descarnados, vidros e espelhos partidos, detritos industriais, roupas, plásticos, fraldas e lixo de indiferenciados”.
Cerca de sete anos antes, expõe a mesma fonte, “foram retiradas da Mata Nacional do Casal da Lebre cerca de 54 toneladas, compostas por muito material plástico de automóveis”.
O ICNF lembra que “existe uma boa cobertura de contentores de lixo e de reciclagem distribuídos pela malha urbana, da responsabilidade do município” e frisa que[LER_MAIS] a floresta “é um espaço natural e sensível, que deve ser respeitado e merece o cuidado de todos”.
A Câmara Municipal da Marinha Grande também “tem conhecimento da deposição ilegal de lixo, entulhos e monos no Pinhal do Rei, bem como noutros espaços públicos, levada a cabo por particulares”.
Nota que, “infelizmente, esta é uma realidade que não é de agora” e que não tem sido possível identificar os autores de tais actos. Explica que a “responsabilidade da limpeza e manutenção da Mata Nacional de Leiria / Pinhal do Rei é do seu proprietário, ICNF”.
No entanto, recorda, “a câmara tem prestado colaboração na recolha dos lixos e seu transporte para o aterro da Valorlis, o mesmo acontecendo sempre que são detectados despejos indevidos no espaço público”.
Considera que “não há, pois, razão que justifique o despejo e abandono dos chamados monos domésticos (mobiliário, electrodomésticos, colchões, sofás, entre outros) junto de contentores de lixo doméstico, na berma de caminhos rurais ou nas matas do concelho”.
A Câmara da Marinha Grande lembra que tem ao dispor “um serviço de recolha de objectos de grandes dimensões, sem valor ou a que o seu proprietário não sabe o que fazer, vulgarmente designado por Recolha de Monos”.
“Este serviço é prestado de forma gratuita e tem como propósito auxiliar o munícipe a desfazer-se do objecto”.
Informa que “é ainda disponibilizado gratuitamente pelo município o serviço de recolha gratuita de materiais vegetais, resultantes de podas ou jardinagem”. Para pedido de recolha de monos ou materiais verdes, informação ou esclarecimento adicional, os interessados devem contactar o número de telefone 244573300.