O Politécnico de Leiria encerrou a temporada 2022/2023 da Federação Académica do Desporto Universitário (FADU) com um total de 25 medalhas, entre provas colectivas e individuais. A instituição ficou em 9.º lugar no medalheiro da FADU, sendo o segundo politécnico do País com mais medalhas, apenas atrás do Politécnico do Porto.
No ranking das instituições de ensino superior portuguesas, o Politécnico de Leiria terminou em 10.º lugar, com 1025,50 pontos, surgindo também aqui como o segundo politécnico melhor classificado.
Das 25 medalhas conquistadas pelo Politécnico de Leiria, 10 foram de ouro, seis de prata e nove de bronze. Foram ainda alcançados dois recordes nacionais universitários na modalidade de atletismo.
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“Estas conquistas são o resultado do empenho e trabalho de todos os estudantes, treinadores e técnicos. A envolvência no desporto universitário é diferente, e temos a sorte de ter nas nossas equipas estudantes que pertencem ao leque de melhores atletas da região, nas diferentes modalidades”, afirma Cândida Bairrada, coordenadora técnica do sector do desporto.
Do universo de 14500 estudantes do Politécnico de Leiria, cerca de 1200 estão inscritos no desporto universitário, em 33 modalidades. Inscritos em competições estiveram este ano 258 estudantes-atletas, dos quais 167 masculinos e 91 femininos, em 19 modalidades.
Ainda que, face ao ataque informático ao Politécnico de Leiria, não seja possível aceder aos números totais de estudantes-atletas nos anos lectivos anteriores, Cândida Bairrada assegura que a participação dos estudantes no desporto universitário “tem estado a crescer”.
“De ano para ano temos aumentado este número, e em particular a participação feminina”, refere a coordenadora técnica, explicando que a grande maioria dos estudantes- atletas são jovens que já praticavam alguma modalidade antes da entrada no Politécnico de Leiria.
“Os estudantes que são desta região, acabam por continuar nos clubes onde já estavam. Os que vêm de fora, procuramos canalizá-los para os clubes da região, para assim continuarem a prática da sua modalidade. Temos, inclusive, protocolos com os clubes, para também os reforçarmos com os nossos estudantes.”
Sobre o desporto universitário, defende que “a mística é diferente”. “Conseguimos juntar atletas de várias localidades, nacionalidades e clubes. É completamente diferente. Há competitividade dentro de campo, sim, mas há também o respeito pelo outro, paixão pela modalidade, o querer que a instituição que represento tenha o melhor resultado, mas sem nunca esquecer que estamos todos para o mesmo e somos uma família.”
“Uma vez Politécnico, Politécnico sempre”
Para Cândida Bairrada, os estudantes que vestem a camisola do Politécnico de Leiria “acabam depois por sentir a instituição de forma diferente”, fazendo jus ao lema “Uma vez Politécnico, Politécnico sempre”.
Quem o pode comprovar são o piloto de karting Gabriel Caçoilo e a jogadora de futsal Alexandra Nunes, que garantem ser “um orgulho” representar o Politécnico de Leiria.
A frequentar a licenciatura em Desporto e Bem-Estar, Alexandra Nunes conta que ingressou na modalidade de futsal com 13 anos, na Academia da Caranguejeira. Passou depois pelo Núcleo do Sporting de Pombal e pelo futsal da Golpilheira, até regressar a Pombal.
Em 2019 entrou no Politécnico de Leiria, em Gestão Hoteleira, e ingressou de imediato no desporto universitário. “No fim do primeiro semestre acabei por cancelar a matrícula, pois não estava a gostar do curso. Candidatei-me depois ao curso técnico superior profissional em Intervenção Sócio-Cultural e Desportiva, e no fim de terminar o curso, ingressei na licenciatura em Desporto e Bem-Estar”, explica.
Durante estes anos, tem participado sempre no desporto universitário. “Num clube temos o compromisso constante dos treinos e jogos. Já no desporto universitário temos mais a oportunidade de conviver e conhecer pessoas de outros cursos. Divertimo-nos muito”, refere.
Para a jovem de 23 anos, o desporto “permite distrair do dia-a-dia e ajuda a organizar muito bem os dias, para haver tempo para tudo: estudar, treinar, conviver com os amigos.”
Também Gabriel Caçoilo, de 20 anos, assegura ser “fácil conciliar a vida académica e desportiva”. Natural de Aveiro, é piloto de karting desde os 10 anos. Ingressou no Politécnico em 2021, em Engenharia Mecânica, tendo-se inscrito no desporto universitário no 1.º ano.
“O Politécnico dá-nos todas as condições e é muito bom representar a instituição”, refere Gabriel, que em 2022 representou também a selecção nacional. “Foi a melhor sensação do mundo”, afirma o estudante, que no futuro gostaria de emigrar e, “se assim for possível”, continuar o seu caminho no karting.