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O Politécnico de Leiria vai “dar início ao processo de formalização do pedido de criação da Universidade de Leiria e do Oeste” ainda este ano lectivo, anunciou hoje o presidente da instituição de ensino superior, durante a sessão solene do ano lectivo 2024/2025.
Para Carlos Rabadão, o Politécnico de Leiria “tem reunidas as condições para se constituir como universidade, capaz de adicionar à formação de excelência de base politécnica novas formações igualmente de excelência de base universitária”.
A instituição de ensino superior aguarda ainda a acreditação pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) do doutoramento em Engenharia Sustentável de Produto e Processos, a ser outorgado pelo Politécnico de Leiria.
Em Março de 2025, serão submetidas às A3ES propostas de criação de novas ofertas formativas de doutoramento, nomeadamente nas áreas da Economia do Mar, da Sustentabilidade e do Desporto, anunciou.
O Politécnico de Leiria anunciou também desenvolvimento do projecto o EPIC – Excelência Pedagógica e Inovação em Cocriação, que dá continuidade ao Skills4Future – Innovative Practices”, finalizado em 2023, e que pretende garantir aprendizagens mais inovadoras e digitais.
Carlos Rabadão, presidente do Politécnico de Leiria, afirmou que a instituição está empenhada em contribuir para a construção de “uma sociedade inclusiva, inovadora e reflexiva, suportada no ensino e na formação contínua, com foco no estudante e na aquisição de competências essenciais para o futuro”.
Foi nesse sentido que surgiu, o EPIC, que é desenvolvido por um consórcio que integra seis instituições de ensino superior – o Politécnico de Leiria, a Universidade da Beira Interior, o Politécnico do Cávado e Ave, a Universidade de Aveiro, o Politécnico de Viana do Castelo e a Universidade do Minho – e que tem como objectivo “melhorar a experiência dos estudantes, através do reforço de competências dos professores para desenvolver ambientes e processos de ensino e aprendizagem mais inovadores e digitais”.
Neste âmbito, está também em execução o projecto Skills4Digital, que pretende reforçar as competências digitais de jovens e adultos de áreas não CTEAM (Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática) e que prevê a “criação e a reabilitação de vários laboratórios disruptivos nas áreas da Produção de Materiais Pedagógicos Digitais, Acessibilidade, Realidade Virtual e Aumentada, Neurociência para o Turismo, Modelação e Simulação 3D, Aplicações Informáticas, entre outros”.
Segundo Carlos Rabadão, estes laboratórios servirão também para leccionar formações de curta duração nas áreas das competências digitais, em modo de b-learning, recorrendo a materiais digitais e práticas pedagógicas inovadoras. “Estas formações serão ainda conferentes de microcredenciais para cerca de 1400 estudantes e profissionais das áreas não CTEAM.”
“Assente no modelo stepped care, que passa por desenvolver estratégias e actividades preventivas no âmbito da saúde mental, da integração e acolhimento, e do combate ao estigma social em saúde mental”, o Politécnico de Leiria tem vindo a desenvolver junto dos alunos competências sócio-emocionais, desenvolvendo “intervenções específicas a grupos de estudantes mais vulneráveis”, revelou ainda Carlos Rabadão, na cerimónia de abertura oficial do ano lectivo.
O presidente explicou que estas medidas em vigor, que passam por consolidar a figura do gestor de caso e a manutenção do cartão de crédito de horas, dão a possibilidade aos alunos sinalizados “terem um maior apoio por parte dos docentes”.
O projecto abrange ainda estudantes com necessidades educativas específicas e garante uma “articulação inter-cinstitucional com as estruturas existentes do Sistema Nacional de Saúde, nomeadamente com a Unidade Local de Saúde [ULS] da Região de Leiria, no que concerne ao serviço de psiquiatria e de psicologia hospitalar, quando assim é necessário, procurando que seja materializada esta cooperação com à ULS do Oeste, para os estudantes das Caldas da Rainha, Peniche e Torres Vedras”.
