O valor da requalificação paisagística da Rotunda do Vidreiro, adjudicada pela Câmara da Marinha Grande, por 51.763,66 euros, foi contestada pela oposição na última Assembleia Municipal, que questionou as “prioridades” do executivo liderado por Aurélio Ferreira.
Na semana passada, em nota de imprensa, a autarquia informou que, “com esta requalificação, pretende-se valorizar um espaço emblemático da cidade e promover o respeito pela história local, a segurança rodoviária e a sustentabilidade ambiental”. Nesse sentido, “inspirada no Pinhal de Leiria, a proposta inclui modelações onduladas que evocam dunas, facilitam a drenagem de águas pluviais e preservam a visibilidade. Será criada uma faixa periférica [LER_MAIS]permeável para reforçar a segurança. Está ainda prevista a plantação de três pinheiros-mansos, em homenagem ao pinhal histórico da região”, descreveu o município.
“A nova proposta procura criar um enquadramento coerente com o Monumento ao 18 de Janeiro de 1934, reinstalado no Parque Mártires do Colonialismo, em 2023”, recordou a câmara. Já durante a Assembleia Municipal, de sexta-feira, Fátima Cardoso, deputada eleita pelo PS, falou de várias carências do concelho, como a requalificação da piscina de São Pedro de Moel, a construção da piscina e do mercado municipal, “a crónica falta de médicos” ou habitação social. E criticou a liderança +MPM, que optou por medidas de “duvidoso impacto” na vida dos munícipes.
“Prometeram obras estruturantes, serviram cosmética urbana”, declarou, referindo-se à requalificação da rotunda, à criação de um novo logótipo municipal, à publicação de uma revista de “marketing político” e a requalificação de um parque de estacionamento, que “suprime lugares” e custa mais de 78 mil euros (“mais de 5 mil euros” por cada um dos 14 lugares).
A criação de um novo logótipo, por mais de 60 mil euros, foi também questionada pela deputada Ana Martins (PS) e por Manuel Santos (PSD). Para o social-democrata, por esse valor seria preferível construir abrigos para autocarros, comprar viaturas para a Escola Segura ou aplicar na requalificação de habitação social.
Aurélio Ferreira respondeu com números. Informou que, a curto prazo, a câmara terá alcançado 47 processos de empreitadas de obras públicas, correspondentes a um investimento superior a 41 milhões de euros.