“Um prémio muito especial, que revela como cozinheiros, gastrónomos e jornalistas internacionais estão atentos ao meu trabalho e ao meu percurso, e que me deixa muito feliz, emocionado e orgulhoso”. Ainda a dirigir as emoções de mais uma distinção na sua curta carreira, Luís Gaspar, cozinheiro natural de Leiria, reage desta forma à conquista Prémio Chef de L’Avenir (Chef do Futuro), entregue pela Academia Internacional de Gastronomia, que distingue cozinheiros promissores a nível mundial.
O chef executivo dos restaurantes Sala de Corte e Brilhante, em Lisboa, é, assim, reconhecido “como um dos talentos nacionais a manter debaixo de olho“ e um dos mais promissores chefs do Mundo.
Formado na Escola Profissional de Leiria, Luís Gaspar foi eleito, em 2017, Chefe Cozinheiro do Ano, um dos mais importantes concursos de cozinha em Portugal, seguindo-se a distinção como ‘Best Promising Chef of Portugal’, pelo festival Open Restaurant, onde representou o País. Conta ainda com seis participações internacionais como membro da equipa olímpica júnior e sénior de Cozinha, onde ganhou medalhas de ouro, prata e bronze.
Agora, soma mais um título: o de Chef do futuro 2023. “É a mais alta distinção que recebi até agora, porque representa a valorização internacional do meu trabalho, por pessoas do meio”, confessa Luís Gaspar. Em declarações ao JORNAL DE LEIRIA, o cozinheiro não esconde o orgulho por passar a figurar no lote de chefs que já receberam o prémio, ao lado de personalidades como Martin Berasategui, espanhol que soma 12 estrelas Michelin, David Muñoz, também de Espanha, ou os portugueses José Avilez e João Rodrigues.
“São referências na minha carreira que também ganharam o prémio que agora me foi atribuído. Fico, obviamente, muito satisfeito”, afirma o chef de Leiria, que já trabalhou com Aimé Barroyer, no Pestana Palace, e com Henrique Sá Pessoa, no Cais da Pedra, antes de se tornar, em 2015, o rosto principal de Sala da Corte.
“O que me falta? Uma estrela Michelin. É o meu próximo objectivo”, assume Luís Gaspar, de 32 anos, que ao longo do seu percurso tem dado enfoque à valorização da gastronomia portuguesa. “Vou querer sempre promover o património gastronómico português, o receituário tradicional, os pequenos produtores e os produtos locais. É essa a minha forma de estar enquanto cozinheiro”, diz ao ao Boa Cama Boa Mesa, do jornal Expresso.