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“Priscilla, A Rainha do Deserto”

Erica Faleiro Rodrigues, directora artística dos festivais utopia.co.uk e underscore.pt por Erica Faleiro Rodrigues, directora artística dos festivais utopia.co.uk e underscore.pt
Fevereiro 21, 2019
em Opinião
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“Priscilla, A Rainha do Deserto”
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Aventuras que os ajudam a compreender melhor quem são e o que querem. Priscilla é a camioneta, primeiro rosa, depois lavanda, deste road movie original.

Para lá da banda sonora, dos fatos glamorosos e das vistas deslumbrantes do deserto australiano, o que terá este filme de baixo orçamento para o tornar um sucesso internacional e um objecto cujo culto perdura até ao presente?

Priscilla consegue escapar ao peso da representação; é político sem ser panfletário, fala dos grandes problemas dos seu tempo, como a epidemia da Sida ou a paternidade homossexual, sem nunca deixar os seus personagens sucumbir ao desespero e à impotência.

No entanto, quando saiu para as salas de cinema na Austrália, foi acusado um pouco de tudo, desde misoginia, a racismo e homofobia. Muitas destas acusações traziam pés de barro, se considerarmos que os protagonistas são hiper-realistas e que estaremos a ser confrontados com clichés sociais, numa narrativa que queria chocalhar o politicamente correcto.

Se o cinema dito corrente, fundado na normatividade heterossexual, é popular, apesar dos clichés e implausíveis finais felizes, Priscilla mostra-nos que o cinema queer também o pode, por direito. Aqui, uma criança que descobre como o pai é homossexual e faz espetáculos de travesti não chora nem se mostra traumatizada, mas antes feliz em o apoiar, pois a sua mãe lésbica sempre o educara com verdade, amor e otimismo.

Ao contrário de filmes como Filadélfia, de 1993, de Jonathan Demme ou Os Rapazes não Choram, de 1999, de Kimberly Peirce, em Priscilla, a Rainha do Deserto, os personagens nem estão doentes nem sofrem castigo e violência devido à sua homossexualidade, escapando ilesos a todo o tipo de preconceito, e realizando o sonho de, em trajes drag, fazerem espetáculos no coração do deserto australiano (numa surreal simbiose com a paisagem que representa o país).

A força desta imagem perdura e manifesta-se em momentos como os Jogos Olímpicos de 2000, em Sydney, que celebram a cultura australiana com a inclusão de um autocarro rodeado de exuberantes drag queens, na cerimónia de abertura, dançando ao som da versão de Kylie Minogue do clássico dos ABBA Dancing Queen.

A força de Priscilla é estar para lá do trauma e da realidade, apropriando os clichés dos feel good movies heteronormativos. É cinema feito para nos fazer sentir bem.

Quando o fim do filme chega, acreditamos na felicidade, além dos preconceitos sociais, que as nossas fraquezas são as nossas forças e que se assumirmos o que somos, tudo é possível e seremos felizes. É o conto de fadas moderno.

*Directora artística dos festivais utopia.co.uk e underscore.pt
Texto escrito segundo as regras do Acordo Ortográfico de 1990

Etiquetas: CinemaÉrica Faleiro Rodriguesopiniãopriscillarainha do desertoViver
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