O Politécnico de Leiria instaurou um processo de inquérito a um professor da Escola Superior de Tecnologia e Gestão por “comportamentos inadequados” a uma estudante, que terão ocorrido no passado ano lectivo. O docente terá pedido a uma jovem que subisse a uma cadeira para ligar um projector, quando a mesma se encontrava de mini-saia.
Apesar de outros estudantes da turma se oferecerem para fazê-lo pela colega e a mesma recusar, o professor insistiu. O mesmo docente terá ainda tocado de forma inapropriada na jovem.
A instituição de ensino superior garante que o caso “está já a ser objecto de um processo de inquérito que, naturalmente, é confidencial, tendo inclusivamente já sido nomeado um instrutor”.
“Até o processo de inquérito estar concluído, não podemos nem devemos tecer qualquer comentário. Em termos genéricos, o que podemos dizer é que o Politécnico de Leiria, nesta como noutras matérias, cumpre escrupulosamente a lei e acciona todos os mecanismos ao seu alcance sempre que uma situação anómala se verifica”, acrescenta o Politécnico de Leiria.
“Em matéria de direitos individuais e de protecção de valores universais de decência e respeito pelos outros, para além do cumprimento da lei, somos extremamente rigorosos e vamos sempre até às últimas consequências, primeiro para apurar a verdade, depois para punir quem tiver que ser punido, dentro das nossas competências”, reforçou a instituição numa resposta escrita ao JORNAL DE LEIRIA.
Após as notícias sobre a iniciativa da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e as reacções relativas à criação de canal específico para recepção de denúncias/ queixas relativas a assédio moral e sexual, o provedor do estudante, Pedro Gonçalves, enviou em Maio um e-mail aos alunos a informar que, em Leiria, “o canal adequado para a recepção de queixas, reclamações ou denúncias é o provedor do estudante, que garante a “confidencialidade” da denúncia “que pode ser absoluta se o estudante assim o quiser”.