“Quando tocamos há sempre alguma variante e componente de improviso”, afirma Paulo José Costa. “Nesse sentido, é, talvez, um espectáculo inédito”.
Este sábado, 27 de Janeiro, o Projecto Casa-Nau leva ao palco do Teatro Miguel Franco Poesia e Música ao Anoitecer – Quando a Saudade e o Amor Entoam, com a estreia ao vivo de uma nova formação, constituída por Paulo José Costa (voz e guitarra), Nuno Brito (voz e guitarra), Marco Tenório (guitarra), Beatriz Sá Vieira (guitarra), Inês Sousa (voz) e – os membros mais recentes do grupo – Mário Nascimento (contrabaixo e piano) e João Faria (percussão e electrónica).
“Os temas vão ter uma nova roupagem, desde logo porque vamos ter a colaboração do Mário Nascimento e do João Faria”. E também está prevista a “incorporação de alguma videoarte”. Na base, poemas da autoria de poetas da região: Acácio de Paiva, Afonso Lopes Vieira, Carlos Lopes Pires e Paulo José Costa. “Nunca foram escritos para serem tocados e nós conferimos-lhes uma melodia e foram ganhando alguma vida como música”.
Com início agendado para as 21:30 horas, o espectáculo do próximo fim-de-semana “já era para ter acontecido”, a assinalar o Dia Mundial da Poesia, mas a pandemia e os confinamentos impediram-no. Desde então, o colectivo actuou em público por várias vezes, noutras circunstâncias, e quer agora aproveitar as condições técnicas e de acolhimento oferecidas pelo Teatro Miguel Franco. “Vamos criar uma atmosfera muito intimista, quase como se estivéssemos na nossa sala de casa”, comenta Paulo José Costa, que antecipa um “cenário surpreendente”.
O Projecto Casa-Nau remonta a apresentações iniciadas no final da década de 90, no contexto dos serões literários das Cortes.
Paulo José Costa, Nuno Brito e Marco Tenório são os membros fundadores.