Os vereadores do PSD na Câmara de Leiria apresentaram, esta terça-feira, uma proposta que identifica oito locais na cidade onde podem ser criados parques de estacionamento. Com excepção de dois – um junto à avenida Papa Francisco e outro anexo ao Centro de Saúde Gorjão Henriques -, todas as localizações sugeridas envolvem terrenos privados. Uma situação que, no entender dos autarcas da oposição, pode não ser um obstáculo, desde que a Câmara assegure aos particulares a desocupação do espaço quando houver projectos para as parcelas.
Para os vereadores do PSD, a prioridade deve ser a criação de um parque anexo à avenida Papa Francisco, onde a Câmara detém várias parcelas que sobraram da área adquirida para a construção da estrada e cuja venda chegou a ser equacionada pelo Município. “Este parque pode ser feito rapidamente. Aliás, a Câmara tem a obrigação de o fazer porque, quando criou o estacionamento junto à escola dos Capuchos, prometeu aos moradores que seria provisório e já lá vão quase três anos”, afirmou Fernando Costa, durante a reunião de Câmara, frisando que um parque junto à variante serviria “o centro da cidade, o comércio tradicional e várias instituições públicas” existentes na evolvente.
Os vereadores sociais-democratas propuseram ainda que a Câmara negoceie com a Direcção- Geral do Tesouro e Finanças a possibilidade de ocupação, “mesmo que de forma provisória”, do terreno adjacente ao Centro de Saúde Gorjão Henriques para também aí criar estacionamento.
Entre as propriedades privadas que, no entender dos vereadores do PSD, poderiam ser negociados para a ocupação provisória com estacionamento, “a título gratuito ou com o pagamento de uma renda”, está a Quinta da Portela, uma parcela entre prédios na Avenida Marquês de Pombal, dois terrenos nas Olhalvas (um que já é usado como aparcamento e outro em frente ao Intermaché) e o espaço anexo ao Colégio Nossa Senhora de Fátima.
Foi também sugerida a negociação para a ocupação, “como parque público”, de parte do estacionamento pago existente junto aos Jardins do Lis e a criação de um piso subterrâneo no parque existente junto à escola Domingos Sequeira, à semelhança do que está previsto para a zona da secundária Rodrigues Lobo.
Gonçalo Lopes
Presidente promete “estudar” proposta
O presidente do Município prometeu “estudar” a proposta do PSD, que surgiu em resposta a um repto lançado pelo próprio Gonçalo Lopes. Agradecendo a proposta, o presidente da Câmara admitiu que algumas das sugestões são “pertinentes”, mas há outras “difíceis” de alcançar. Em resposta, Fernando Costa frisou que o levantamento feito é uma “base de trabalho” e pediu que, embora “todas sejam úteis, que se façam as possíveis”. “O paradigma da mobilidade vai mudar muitos nos próximos anos e não passará por ter muitos carros no centro das cidades”, acrescentou Gonçalo Lopes. Em resposta a um pedido de esclarecimentos feito pelo vereador Álvaro Madureira sobre o plano de mobilidade, o presidente da Câmara referiu que o documento serviu de base à intervenção no eixo da avenida Nossa Senhora de Fátima (em curso) e prevista para a rua Dr. João Soares, faltando “estabilizar” as soluções para a Heróis de Angola e Mouzinho de Albuquerque.
