No panteão come-se muito bem, o web summit é um espectáculo cheio de eco oco, o PSD corta para a estrada do tempo perdido para saber se o António Costa fez um jantar no panteão há não sei quanto tempo, dizem que há uma empresa chamada Australis que quer procurar petróleo desde as Caldas da Rainha até Soure, a legionella volta, um gajo de 37 anos diz que no tempo dele é que era, quando se proibiam bactérias, a PSP fica indecisa e acaba por concluir que interromper um velório é uma coisa que a PSP deve fazer, a discoteca preferida do meu sobrinho fecha porque um vídeo viralizou e porque tinha licenças mas afinal nunca as tinha pedido, não chove, há bichos vivos (parecidos com os que o meu tio usava como isco) nos pratos das escolas, o Marcelo posa com sem abrigo, há bola nacional solidária no Magalhães Pessoa, o Paulo Morais diz que parte dos donativos que se destinavam ao Pedrogão Grande foram desviados pela CGD para hospitais, [LER_MAIS] o melhor do mundo tem um melhorzinho do mundozinho com mãe que dá a cara e descobre-se que há violência policial mas ao contrário e o Tejo está mais poluído do que o normal e os professores fazem greve porque o trabalho entre 2011 e 2017 foi para aquecer e isto, se fosse uma música, seria aquela dos REM que diz que é o fim do mundo como o conhecemos ou então aquela do Billy Joel que lembra que não fomos nós que começámos o fogo ou ainda a outra dos Tears For Fears que acha que o mundo está todo doido ou o meu outro sobrinho que tem a certeza que o mundo está todo doido e grita isso na rua de tempos em tempos e a Tecnoforma que não sei quê, o Sócrates coiso e roda de roda de rodeio a andar à roda e ufa ufa e respira respira respira…
Era um ansiolítico se faz favor. Duplo. (…) O rescaldo dos fogos revelou super-pessoas em todo o lado, conheci uma na Vieira chamada Vera, já conhecia a Joana que é de Leiria e apaixonei-me outra vez pela Ana que mora na Noruega mas que está mais cá do que o meu vizinho.
Quando estas pessoas se mostram ouço o "Stop" de "Where is my mind" dos Pixies e vê-se o mundo a ser carregado em peso pelas pessoas que o fazem rodar para o lado certo. Cenário raro, não é?
*Músico