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Home Sociedade

Quando o amor é mais forte do que a adversidade

Daniela Franco Sousa por Daniela Franco Sousa
Fevereiro 15, 2018
em Sociedade
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Quando o amor é mais forte do que a adversidade
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Na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza. Assim ditam os votos do sagrado matrimónio. E na semana em que se assinala o Dia de São Valentim, o JORNAL DE LEIRIA foi conhecer vários casais, para quem o amor nasceu e floresceu precisamente nos cenários mais adversos. Gente que combate a pirataria em alto mar, que luta contra a extrema pobreza ou contra as limitações da condição física, mas que encontrou o par perfeito para vencer as contrariedades.

Muito amor, para lá de uma cadeira

Frederico, de 27 anos, depende da cadeira de rodas desde que teve um acidente, com apenas ano e meio de idade. Sempre se conheceu nesta condição e não foi pelo facto de não andar pelo seu pé que deixou de estudar, de fazer amigos e de sair, tal como fazem quase todos os jovens da sua idade.

Há dois anos, recém-licenciado em Comunicação Social, Frederico começou a participar num projecto de um jornal, em Amor, e, por intermédio de uma amiga, juntouse à iniciativa outra jovem da freguesia, a Carina, uma estudante de Matemática Aplicada.

E eis que o amor acontece na terra com o mesmo nome. Frederico gostou logo do ar da Carina e a amizade progrediu até à relação apaixonada e de cumplicidade que têm hoje. Carina não nega que foi complicado perceber que os dois passaram a ser demasiadas vezes o centro das atenções. Mas isso foi de início, até se habituar a ignorar os outros ou a brincar com a situação.Tal como faz o próprio Frederico, sempre confiante e bem humorado.

O receio da reacção dos seus pais também a preocupou. Mas a relação foi muito bem aceite tanto pelos pais de Carina como pelos do Frederico. O dia-a-dia acontece com a normalidade que caracteriza qualquer relação de dois jovens. Briga-se por ninharias, como o futebol, explica Carina, e fazem-se planos para o futuro. Planos a dois, por agora, e mais tarde a três. Porque ambos sonham ter filhos.

Quanto à cadeira de rodas, é apenas um auxílio, como são todas as adaptações que Fred tem no carro ou em casa. E nada mais.

Sem-abrigo encontram “casa” nos braços do outro

Os últimos anos não têm corrido de feição a Raquel e a Eduardo. Por diferentes razões, acabaram ambos por perder as suas casas e a depender do apoio do centro sócio- comunitário Porta Azul, na Marinha Grande, onde se refugiam para comer e tomar banho. Mas apesar das noites frias e dos dias de incerteza, os sem-abrigo têm agora uma convicção: encontraram o amor um no outro e o seu futuro será a dois.

 [LER_MAIS] Raquel nasceu há 58 anos na Marinha Grande e tinha 13 anos quando partiu com a mãe para a Alemanha, onde o pai já trabalhava. Regressou aos 23 e desde então teve vários empregos. Trabalhou numa panificadora, em restaurantes, foi vigilante em piscinas e também fez limpezas. “Mas tenho levado muitos trambolhões”, desabafa Raquel, lembrando que o desaire começou quando casou e passou a engrossar as listas de vítimas de violência doméstica. “O pai dos meus filhos era mau para mim”, relata Raquel.

Depois do marido, seguiram-se vários relacionamentos onde diz não ter tido sorte. “Sempre fui pessoa de fazer o bem e não olhar a quem”, explica a senhora que, assim, acabou por entregar aos outros o pouco que tinha. Perdeu a casa e durante algum tempo entrontrou no álcool o único refúgio.

Já lhe tinham falado no Porta Azul há muito tempo. Um dia perdeu o receio e decidiu-se a entrar. E não se arrepende. Ali pode tomar refeições quentes, tomar banho e receber agasalhos. Entretanto, está a frequentar um curso de formação de Cozinha e de vez em quando ajuda na preparação do jantar no Porta Azul. E, melhor ainda, foi ali também que encontrou o amor da sua vida. “Tinha sido operada ao braço há pouco tempo e precisei de ajuda

com um tacho. Pedi ao Eduardo”, recorda Raquel, que já conhecia aquele utente de vista. A partir daquele dia, Eduardo e Raquel passaram a acompanhar-se e há dois anos passaram a namorar.

Eduardo, natural da Freguesia da Moita, também da Marinha Grande, é quatro anos mais novo. Trabalhou no ramo do mobiliário até cumprir serviço militar e depois no sector da construção. Tinha emprego, casa, mulher e filhos. “Tinha um ordenado mais ou menos bom, a minha ex-mulher também trabalhava. Tínhamos dois carrinhos e uma vida estabilizada”, recorda Eduardo.

Mas em 2005, um AVC veio mudar o rumo da sua vida. A esposa afastou-se, pediu o divórcio. E a casa, que tinha sido reconstruida sobre o imóvel da família dela, ficou com a ex-mulher. Os filhos deixaram de manter contacto regular.

Sem casa, Eduardo vive agora da ajuda do Porta Azul, do Rendimento de Inserção Social e do apoio incondicional de Raquel. Já houve fases em que o que tinha nem dava para o vício do tabaco. A namorada ajudava. “A Raquel é o meu pilar em tudo”, salienta Eduardo, que espera poder construir um futuro melhor ao lado do amor da sua vida.

Uma relação livre, respeitosa e sem cobranças mútuas, é para já, uma conquista de ambos.

Ela luta contra piratas e ele trata do almoço

A realização profissional de Noémie Freire, de 29 anos, passa pela carreira na Marinha. E Pedro Silva já o sabia quando partilhou a mesma embarcação da jovem de Pombal, em 2008. Assim, quando começaram a namorar, em 2011, não era novidade para nenhum dos dois que, durante boa parte das suas vidas, um deles teria de assumir o leme lá em casa, para que o outro pudesse partir em missão.

O mar é uma grande paixão para ambos e é talvez por ambos serem militares da Marinha que se entendem tão bem numa situação que poderia ser complicada, explica Noémie. Porque além de gerir a distância, há que saber conviver com o factor risco. “E tanto podemos ser chamados para partir daqui a um mês como dentro de duas horas, podendo ficar longe durante muito tempo”, salienta a jovem.

E a realidade é que, pouco depois de iniciar o seu relacionamento, o casal esteve vários meses sem se ver. Um desses períodos aconteceu entre Fevereiro e Junho de 2012, quando Pedro estava em comissão nos Açores e Noémie participava numa missão de combate à pirataria no Golfo de Áden, ao largo da Somália.

Há cerca de quatro anos, a chegada do filho do casal veio tornar a gestão do lar e das rotinas da família mais complicadas para quem fica em terra. Durante o primeiro ano de vida da criança, pai e mãe ficaram por Lisboa.

Mas depois, foi tempo de zarpar. De Fevereiro de 2016 até Dezembro de 2017, Noémie esteve a bordo do Bartolomeu Dias e foram quase dois anos de exercícios pelo País, mas também de missões na Holanda e no Mediterrâneo.

“Quando ambos são militares da Marinha, e têm um filho, apenas um pode estar embarcado”, explica a jovem. E naquele período, Pedro Silva ficou por Lisboa e teve de assegurar pelos dois a gestão da casa e os cuidados com a criança, recorda Noémie.

Matar as saudades também não é fácil, reconhece Noémie, que fala na lentidão das comunicações via internet quando se está embarcado. Por vezes os navios têm telefone, por vezes há rede para telemóvel, mas nada é certo. Trocar fotos por email vai sendo a solução mais viável para encurtar a distância.

E agora, que Noémie frequenta o curso de submarinista na Base Naval de Lisboa, as comunicações vão piorar. “É complicado quando se está debaixo de água”, reconhece a jovem, que, apesar da adversidade, se vê a trabalhar na Marinha “até à reforma”.

 Aumento de 11%
Fim da crise faz subir número de casamentos

No ano passado casaram 36.100 pessoas, ou seja, mais 11% que em 2016. Os dados do Instituto de Registos e Notariado, avançados pelo Jornal de Notícias, indicam que o ano de 2017 foi o terceiro ano, desde os anos 60, em que se assistiu a um grande aumento de matrimónios, tendo o mesmo acontecido em 1961 e 1975. Os dados notam que o maior aumento observa-se em casamentos entre pessoas do mesmo sexo, que subiram 20%. Desde que foi legalizada a lei referente ao casamento homossexual, em Junho de 2010, foram celebrados 2.299 matrimónios entre casais do mesmo sexo. E só em 2017, foram celebrados 550 casamentos. O fim do programa de austeridade é uma das justificações possíveis para este número, já que, durante os anos da crise, as estatísticas revelaram uma quebra.

Etiquetas: Amordificuldadessociedade
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