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Home Entrevista

“Quero estar no todo-o-terreno por muitos mais anos e ganhar vários Dakar”

Inês Gonçalves Mendes por Inês Gonçalves Mendes
Julho 25, 2024
em Entrevista
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“Quero estar no todo-o-terreno por muitos mais anos e ganhar vários Dakar”
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Quais são as novidades que vai apresentar nos próximos tempos?

Esta semana vamos para a terceira ronda da Taça do Mundo, em Aragão, em Espanha. Vamos com o Mini e até ao final do ano fazemos maioritariamente as corridas todas com ele. Faremos todas as provas de campeonato nacional até o final do ano, desde a Taça do Mundo, a Taça da Europa e uns testes pelo meio para tentar preparar o Dakar da melhor forma.

Já tem confirmada a presença no Dakar?

Sim, em princípio, ainda falta muito tempo, mas para já estamos a tentar alinhavar as coisas para estar presentes no Dakar 2025 e 2026 mais uma vez. Está num muitíssimo bom caminho. Ainda falta finalizar tudo, mas sim, está num muitíssimo bom caminho.

O que é preciso para confirmar estas presenças, é só marcas e resultados?

É um bocadinho de tudo. Obviamente também apoios financeiros, é um desporto caro. Mas sim, temos de ter resultados. Podemos comprar um carro bom para ir, mas para ter o apoio de uma marca, temos de ter resultado ou ter um histórico com a marca, com bons resultados, porque não apoiam qualquer piloto.

Este ano, terminou a sua presença no Dakar em 5º lugar, nos SSV. Acredita que consegue chegar ao pódio?

Espero que sim. Este ano competimos na categoria dos buggys, nos SSV, os carros mais pequenos. Agora o que temos planeado é tentar ir na categoria de topo, ou seja, com o Mini. A competição será ainda mais difícil, mas também estamos a preparar-nos mais. Obviamente, adoraria terminar o primeiro Dakar na categoria T1, de topo, no top 10. Mas a competição é tão difícil, tão dura, são tantos dias… Pode acontecer, portanto, é um dia de cada vez e logo veremos o resultado.

Quais vão ser as maiores diferenças entre as categorias?

O carro é bastante maior e mais pesado. Andamos muitíssimo mais depressa. Enquanto nos outrosanos estávamos limitados a 135 e 125 quilómetros por hora, este ano estamos limitados a 170. Já é uma velocidade bastante mais alta. Nas dunas é bastante mais difícil conduzir o carro, não conseguimos ver tão bem e, por ser um carro mais pesado e mais difícil, será mais difícil cruzar as dunas. Mas temos o Rally de Marrocos para nos preparar para essa prova e mais algumas, portanto espero chegar à Arábia Saudita em boa forma.

Como se pode adaptar a este tipo de competição?

É fazer corridas, ganhar experiência. Tenho a sorte de ir ao lado de um navegador que já fez muitos Dakar nestes carros. Vai ser uma ajuda, sem dúvida, importante.

Falando no seu navegador, Filipe Palmeiro, como se caracteriza o vosso trabalho conjunto em cada prova?

O Filipe, primeiro que tudo, é um amigo. Já o conheço há bastante tempo, conheci através do Ricardo Porém, que chegou a fazer uma prova com ele. Começámos a ser amigos e depois juntámo-nos profissionalmente. No início, estava a conhecê-lo e ele estava a conhecer- me a mim, mas hoje em dia há coisas que já sei que quero que ele faça que já nem precisamos falar. Já estamos tão bem conectados um com o outro que as coisas acontecem naturalmente. Tendo como referência o Dakar, passamos tantos dias juntos dentro do carro – são 20 e tal dias que estamos juntos – que temos de ter uma boa relação. Há momentos bons e maus para ele, assim como também há para mim. Temos de nos ajudar nos momentos altos e baixos, mas penso que fazemos uma dupla fantástica.

Que tipo de dificuldades tem o Dakar que as outras provas não têm?

Todos os pilotos do mundo estão lá. Não há ninguém no mundo do desporto motorizado, de todo-o-terreno, que não queira ir ao Dakar. Até pilotos de outras modalidades, o Fernando Alonso da Fórmula 1 já foi ao Dakar, por exemplo. É a prova de todo-o-terreno mais dura do mundo, são 15 dias de corrida, com milhares de quilómetros. Num momento pode estar a correr tudo bem e num milésimo de segundo deitamos tudo a perder. Temos calor, frio, areia, pedra, lama… Não é tudo mau, é tudo a dificultar o nosso trabalho e, portanto, acho que é isso que torna o Dakar uma prova bastante difícil. A durabilidade é o mais difícil, porque fazemos uma semana e acontece tanta coisa nesses dias, que chegamos ao dia de descanso e pensamos: ok, vamos começar de novo, falta mais uma semana. Vamos trocando as peças para o carro estar o mais fresco possível, mas o carro degrada-se, o nosso físico também e temos que ter uma preparação física bastante boa para aguentarmos aquele ritmo durante 15 dias.

Como se vive cada dia no Dakar? Entre provas, o que acontece?

No Dakar, o nosso quotidiano é levantar de madrugada, tomar o pequeno-almoço e fazer uma ligação. Imaginemos que estamos em Leiria e a corrida vai começar no Algarve. O carro tem de ir de Leiria para o Algarve e tenho que ser eu a conduzir pela estrada. Depois a corrida é do Algarve ao Porto, por exemplo. A seguir, vamos dormir outra vez a Leiria. Não são só as etapas cronometradas a correr, temos ligações para fazer, que é o que é chato. No ano passado tivemos uma ligação de 450 km antes da corrida começar, depois uma corrida de 400 km e ainda mais 300 km para voltar. Não são todos os dias iguais, mas começa a acumular.

Que alterações terá o carro com que compete, o Mini JCW T1+?

A X-Raid, a equipa onde estou inserido, tem o carro que corre com diesel 100% renovável, e está agora a desenvolver um carro com motor a gasolina. A ideia é levar já ao Dakar 2025. Ainda estamos a testar, mas é essa a novidade.

E este carro vai dar-lhe garantias diferentes?

Mais potência vamos ter de certeza. Os regulamentos hoje em dia favorecem muito mais o motor a gasolina que o diesel. Mas nem sempre o que conta é a velocidade, há também a sua fiabilidade. Vamos ver, o Dakar está a aproximar-se rápido. Em Outubro é o Rally de Marrocos, o rali de preparação onde todos vão antes de irem para o Dakar. Em Novembro os carros têm que entrar no barco para a Arábia Saudita. Estamos em Julho e o tempo está a passar muito depressa.

O seu pai, Paulo Rui Ferreira, também esteve no mundo automobilístico. Sente que a influência familiar contribui para a sua carreira?

Sem dúvida. O meu pai ajudou imenso, especialmente no início, para conhecer o desporto. Ouço-o sempre, obviamente, que ele tembastante mais experiência que eu. Ele apoia-me, vai a todas as corridas comigo, para além do apoio óbvio que dá no dia-a-dia, em casa. Faz questão de estar em quase todas as corridas, portanto é sempre um apoio espectacular, quer seja no Dakar, na Arábia Saudita, quer seja em Espanha ou em Portugal, ele está em todas, não falha uma.

Antes de começar no todo-o-terreno, dedicou-se à velocidade no karting. Alguma vez disciplinas como a Formula 1 estiveram no seu horizonte, ou sempre quis o todo-o-terreno?

Não, nunca pensei. Aliás, comecei no karting por mero acaso e gostei. Fui fazer uns torneios regionais, nacionais, e depois mundiais, por aí. Sempre vi o karting como uma escola para aprender a conduzir. Todos os pilotos do mundo aprendem a conduzir no karting e, a meu ver, é a melhor escola possível. Chegou uma altura em que tirei a carta de condução, já com 17 anos, e quis experimentar outra coisa. Calhou nesse ano, em 2018, fazer as 24 horas de fronteira com o meu pai e um grupo de amigos. Fiquei, gostei e comecei. Escolhi o todo-o- terreno e tenho-me estado a divertir, nos últimos anos um bocadinho mais profissionalmente.

O Campeonato de Portugal de Todo-o-Terreno está numa breve pausa e ocupa o 2.º lugar da classificação geral, estando em 1.º na categoria T1+. É para repetir a vitória de 2022?

Se conseguimos estar presente em todas as provas até ao final do ano, é esse o intuito, não escondo isso. Entro em qualquer competição para ganhar e dar o meu melhor. Nem sempre conseguimos, é verdade, mas é esse o objectivo. Se conseguirmos fazer as provas todas como planeado, o objectivo é lutar pelo título de campeão nacional outra vez. A primeira prova, de Beja, não pudemos estar presentes. Coincidia que a segunda ronda do campeonato mundial da Abu Dhabi. Partimos logo em desvantagem. No campeonato, este ano, podemos deitar uma prova fora. Eu já deitei o meu resultado fora porque foi um zero. E mesmo na classificação actual, se os outros pilotos tirarem uma prova fora, estamos em primeiro. Mas eles ainda podem tirar uma que eu não posso. Não podemos falhar até ao final ou então os outros têm de falhar mais que nós. Temos que ter boas classificações em todas as provas e, quando digo boas classificações, refiro-me a vitórias. Conseguimos uma vitória no [BP Ultimante] Rally Raid Portugal, um segundo lugar no Norte, primeiro lugar em Lagos e agora, na Baja TT Sharish Reguengos / Mourão, é lutar pela vitória.

Já acumulou vários êxitos, contudo, as carreiras desportivas podem ter momentos menos bons. Existe algum pelo qual tenha passado e que lhe tenha deixado alguma lição?

Temos sempre coisas a aprender. Não espero pelas críticas dos outros, sou muito crítico comigo mesmo, mas mesmo muito. Às vezes até algumas pessoas dizem: “não podes ser tão duro contigo mesmo”. Isto para dizer que em todas as provas aprendemos alguma coisa, mas digamos que o pior momento na minha carreira até agora foi em 2022. Tivemos um acidente muito grave na Andaluzia, numa prova do campeonato do mundo, e foi uma semana e meia antes da [Baja] Portalegre 2022, onde já tinha sido campeão nacional. Fomos para o Portalegre, passava uma semana e meia, ainda com dores no corpo. Não tinha mazelas nenhumas, mas estava meio dorido. Voltámos a entrar dentro do carro e fazer o Portalegre, que felizmente acabámos por ganhar, é verdade, mas custou ali um bocadinho a ganhar confiança outra vez.

Nas competições, o 1.º lugar é quase sempre seu. E ao volante de uma PlayStation, os resultados são semelhantes?

Não, nem sempre, mas por acaso jogo, tenho um simulador. Hoje em dia, com a tecnologia que há, os jogos virtuais são cada vez mais realistas. Há muitos pilotos que treinam e eu sou um deles, podem ter a certeza. Todos os dias jogo no simulador, passo lá bastantes horas. Obviamente depois a realidade é diferente, também pela sensação da velocidade, mas a condução e a essência está lá nos videojogos. Especialmente antes de cada prova, passo muito tempo a treinar no simulador.

Quando larga o volante, que outras actividades tem no dia-a-dia?

Ginásio, muito ginásio, padel e ciclismo também. Estou a tirar a licenciatura em Engenharia de Electromecânica no Instituto Politécnico de Coimbra.

Até onde quer chegar no mundo automobilístico?

Ganhar o Dakar e ser campeão do mundo, óbvio.

E fora do mundo desportivo, existe alguma coisa que ambicione, ou prefere manter-se nessa modalidade?

Eu adoraria manter-me aqui, é por isso que andamos a trabalhar. Não é fácil, é um mundo às vezes cruel e difícil, mas adoraria manter-me no desporto, nomeadamente no todo-o-terreno. Não sei como será a minha vida amanhã, no entanto, para já, quero estar no todo-o-terreno por muitos mais anos e ganhar vários Dakar e vários campeonatos no mundo.

Etiquetas: arábia sauditaAutomobilismocompetiçãoDakardesportoJoão FerreiraLeiriaMinitodo-o-terrenoX-Raid
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