A fachada totalmente em vidro e a cobertura ajardinada são duas das marcas da proposta vencedora do concurso de ideias para o topo Norte do estádio de Leiria, apresentada pelo arquitecto Pedro Cordeiro.
O objectivo é concluir aquele anel, inacabado há 15 anos, com a criação de um centro de negócios para empresas do sector das TICE (Tecnologias da Informação, Comunicação e Electrónica) e de um centro associativo. Por definir, está instalação de serviços de Finanças na torre nascente.
O resultado do concurso foi conhecido esta terça-feira, em reunião de Câmara, onde o presidente do Município, Raul Castro, revelou que o investimento – cerca de 7,5 milhões de euros -, deverá ser amortizado em dez anos.
O início da obra acontecerá só em 2020, com o próximo ano a servir para o desenvolvimento dos projectos de arquitectura e especialidades, a cargo do gabinete vencedor – o mesmo que ganhou o concurso de ideias para o pavilhão multiusos -, e do lançamento da empreitada.
“Esta é uma obra que irá marcar o futuro de Leiria”, afirmou Gonçalo Lopes, vereador do Desenvolvimento Económico, que considera que a proposta vencedora cumpre o objectivo de concluir o estádio com “uma solução inovadora” e propondo “um edifício moderno”.
Será, no entender da autarquia, uma opção que contribuirá para “minimizar o impacto negativo do estádio relativamente ao Castelo, e da imagem que este apresenta visto desde a zona do mercado”.
[LER_MAIS] A proposta vencedora “procura desmaterializar o alçado Norte, recorrendo a uma fachada total em vidro, reflectora da urbanidade/ vegetação circundante, aproveitando a exposição dominante de Norte e a luz difusa que melhor serve o uso dos serviços previstos para o edifício”.
No interior são privilegiados os open space e na cobertura será criada uma zona ajardinada, para os utilizadores do edifício e para o público em geral.
Os vereadores do PSD consideram “positivo” que a amortização seja feita em dez anos, prazo que entendem ser “razoável”, mas antevêem dificuldades em executar a obra proposta por apenas 7,5 milhões de euros.
Os sociais-democratas defendem também que a “Câmara não deve ficar de fora da gestão” do centro de negócios, uma questão que, segundo Raul Castro, ainda não está definida.