Apesar de todos os seus defeitos, como aficionado de futebol admiro este desporto por ser epítome de como a equipa pode ser mais importante do que a soma das suas individualidades (a famosa sinergia da Gestão). A nossa seleção demonstrou isso, porque podendo não ter todos os melhores jogadores do mundo para as suas posições, teve a melhor equipa, a mais coesa e a mais motivada (discutivelmente C. Ronaldo é o melhor jogador do mundo e, mesmo para aqueles que gostam mais de Messi, relembro que pelo menos o nosso CR7 paga impostos).
Foi também um interessante exercício de Liderança, com a transformação de Ronaldo de estrela (muitas empresas têm também os seus colaboradores “estrela”) num líder (sobretudo “transformacional”, dada a forma como os seus colegas se identificaram com ele e foram capazes de ir mais além).
Por outro lado, esta vitória tem o seu quê de Quinto Império, do renascer de uma nação acossada pela dívida, pela Comissão, pelo desemprego, pela corrupção e pelos seus próprios defeitos, uma nação que tem de fugir à sua excessiva modéstia e ganhar confiança para aceitar a sua capacidade de se exceder (os bons exemplos que hoje povoam os livros e programas sobre Gestão têm de ser a norma e não a exceção).
* Diretor Executivo – D. Dinis, Business School
Texto escrito de acordo com a nova ortografia
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