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Home Opinião

Racismo Sonic

Fernando Ribeiro, músico por Fernando Ribeiro, músico
Junho 15, 2017
em Opinião
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Racismo Sonic
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Ainda a propósito do artigo do DN de Fernanda Câncio e de todas as reacções que provocou na auto-estima dos Portugueses, deixem-me acrescentar uma coisa. Se o Prof. José Hermano Saraiva fosse vivo diria: essa auto-estima é uma manta de retalhos.

É verdade que os turistas decoram as nossas colinas e invadem como amigáveis Gremlins, as nossas ruas. Todo o país é agora uma enorme cama e todo o Português sabe como receber (nem sempre saberá é quem recebe) e fazer um dinheirinho extra que as férias estão à porta.

Se o AIRBNB é virtuoso ou se é um negócio que se vai virar contra nós é coisa que ninguém pode dizer. Primeiro tem de se baixar a febre que é para não alucinarmos. Mas que fizemos o pleno dos 3 Fs este ano, fizemos. É inegável. Estamos na moda. E cada qual celebra, aproveita ou rumina à sua maneira.

Mais verdade ainda, é que esses pespontos não remendam a manta e que temos todos de ter um bocado de calma porque a euforia dos pequenos impérios é sempre perigosa e acaba sempre por rebentar nas nossas mãos e com as nossas carteiras.  

Eu não acho que, per se, Portugal seja um país racista. Digo isto por duas coisas. Primeiro, por comparação a um país com verdadeiros problema raciais como os E.U.A.. Até ao dias de hoje permanece uma mentalidade profundamente racista que rapidamente conduz à violência nas ruas. Exemplo: Southside Chicago, fora das noticias e fora de controlo. 40% dos presos são negros.  

A outra razão é estatística, Portugal não é citado em nenhum estudo ou observatório fidedigno como um país intolerante, com problema étnicos. Ao contrário de França, nisso ainda não estamos divididos.

Mas o racismo de que fala o artigo, o racismo institucional, é outro, diferente e, sim, existe conforme ficou demonstrado pela reportagem. É um racismo tipo jogo da Playstation, tipo Sonic, onde se corre, corre, corre, apanhando anéis de ouro até que o ecrã pára e vem o Boss, aquele que é mesmo difícil de derrotar e que nos leva os créditos todos e vida. Poucos tem a paciência ou a disponibilidade para vencer esta batalha. Muitos, arrumam as botas. É que daí a uns níveis virá outro boss. E outro. E outro.

Concluindo, sim, há racismo institucional. Não podemos tapar o Sol com uma peneira, ainda para mais quando os seus raios são tão evidentes. Não, não acho que nos devamos alarmar com um racismo mais “básico” mas devemos estar atentos aos seus sinais e dinâmicas. No entanto, não devemos parar a vigilância por aí. Não nos podemos quedar só pela rebentação.

Este racismo institucional, na minha opinião, não se limita à cor da pele. Ele assenta sim num conservadorismo agarrado à pele de demasiados Portugueses e à sua falta de massa cinzenta para debater com argumentos outros do que "vão para à vossa terra" e "em Angola eles ainda são mais racistas do que nós".

Este racismo assume diversos nomes mas chamemos-lhe hoje negação do mérito a quem devido, independente da pele, género, crença, competência ou sexualidade. Este racismo institucional poderá assumir  diversas formas, diversos alvos mas desenganem-se, ele é mesmo, provavelmente, o último Boss do longo jogo civilizacional.

*músico e vocalista dos Moonspell

Etiquetas: Fernando RibeiroMoonspellopiniãoracismo
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