Para o seu terceiro e último mandato como presidente da Câmara de Leiria, Raul Castro promete “realizar obra, da mais óbvia à mais memorável”. A garantia foi deixada durante a tomada de posse do novo executivo, que teve lugar no último sábado, onde o autarca assumiu que os resultados eleitorais “reforçaram” o projecto que lidera, “mas também conferiram maior responsabilidade para os quatro anos que se avizinham”.
No seu discurso, Raul Castro defendeu que, neste “novo ciclo” que se abre, há que “hierarquizar os interesses do concelho em detrimento de problemas menores ou de quezílias partidárias”, e apresentou os seus sonhos para uma “Leiria do futuro”.
E, nessa Leiria do futuro, o presidente da Câmara vê “o maior jardim” da cidade, que “está a chegar e não será mais uma promessa adiada sem decoro”, a Villa Portela transformada num centro de artes, cujo projecto se encontra “prestes” a ser apresentado à cidade, e o “maior centro escolar” do concelho, já em construção nos Marrazes.
Na Leiria do futuro sonhada por Castro, a abertura da Base Aérea da Base Aérea de Monte Real ao tráfego civil, a reabilitação com a correcção do traçado da Linha do Oeste e a candidatura a Cidade Europeia de Cultura também “não têm de ser uma quimera, uma fabulação para inglês ver”.
[LER_MAIS] Do sonho para a realidade, Fernando Costa falou em nome dos vereadores do PSD, para reconhecer a “vitória clara e inequívoca” de Raul Castro e lembrar que há coisas que estão menos bem, como o processo de despoluição do rio Lis ou a posição de Coimbra que “mais uma vez tenta prejudicar Leiria” ao querer transformar o aeródromo Bissaya Barreto em aeroporto regional.
“Não podemos perder esta batalha. A comunidade de Leiria tem de se unir”, defendeu o líder da oposição, que disse assumir o novo cargo com “muita vontade” de dar ao concelho onde nasceu “o melhor” dos seus “princípios” e do que sabe.
Condições para mandato “excepcional”
Na hora da despedida, de Leiria e da vida política, José Manuel Silva, presidente da Assembleia Municipal (AM) cessante, manifestou-se convicto que estão “reunidas todas as condições para que este seja um mandato absolutamente excepcional”.
Em primeiro lugar, diz, porque um presidente que não vai ser recandidato, como é o caso de Raul Castro, “tem as mãos livres para fazer imensas coisas”, pois “não tem nada a ganhar nem a perder nas próximas eleições”.
Além disso, considera que Leiria tem um dos executivos “mais qualificados do País”, destacando o presidente “com provas dadas”, mas referindo também “peso pesado da política, Fernando Costa”. “Este executivo tem condições únicas para que Leiria dê aquele salto que todos aspiramos que seja ainda maior”, concluiu.
Por seu lado, o novo presidente da AM, António Sequeira, expressou o desejo que o órgão “não seja complacente com o poder nem uma força hostil e de bloqueio”. O socialista disse ainda esperar que neste mandato sejam melhoradas as condições de funcionamento da assembleia, nomeadamente, com “a disponibilização de instalações próprias e exclusivas”, não só para as sessões plenárias, mas também para que os grupos municipais possa trabalhar.
Raul Castro
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