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Home Viver

Redescobrir a antiga pousada da juventude com música e artes

Cláudio Garcia por Cláudio Garcia
Junho 3, 2022
em Viver
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Redescobrir a antiga pousada da juventude com música e artes
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Um lugar adormecido no centro histórico de Leiria, abandonado há dez anos, volta a estar acessível, já este mês, durante 19 dias.

Noutros tempos, chegou a figurar entre as pousadas da juventude com mais reservas de hóspedes e mais números de Cartão Jovem emitidos a nível nacional, conta Ilda Serra, a primeira gestora do alojamento turístico inaugurado em 1984.

Fechado pelo Governo em 2012, numa reorganização da rede administrada pela cooperativa Movijovem, o edifício desperta entre 12 e 30 de Junho para receber o festival A Porta e a exposição colectiva Casa Plástica, sessões de cinema e concertos de Daniel Bernardes, Pedro Branco, Fugly, Silvino Branca, Luís Jerónimo com Rui Gaspar e Salvador Sobral com André Santos.

As acções abertas ao público aproveitam o jardim interior com anfiteatro e a área mais antiga do imóvel, cuja construção remonta ao século XIX.

O jardim interior da antiga pousada da juventude, depois de reabilitado pelo festival A Porta (Foto de Ricardo Graça)
O mesmo espaço, antes da intervenção realizada com a ajuda de utentes da InPulsar

Na origem da decisão do Governo, em 2012, estão as deficientes condições técnicas e de segurança, que continuam por resolver ou até se agravaram desde o encerramento.

Ilda Serra, que ali morou até ao último dia, de 1984 a 1988 e depois entre 2000 e 2012, acredita que com obras o espaço pode ser novamente a pousada da juventude de Leiria. E, talvez, aproveitar a explosão do turismo em Portugal.

Um dos objectivos da equipa que organiza o festival A Porta é precisamente activar o diálogo sobre a utilização do edifício – que é propriedade do Estado, através do Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ) – para onde o executivo liderado por Gonçalo Lopes na Câmara de Leiria imagina a expansão da Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira.

Do primeiro hóspede, um alemão, logo no primeiro dia de funcionamento, até ao último, há dez anos, são inúmeras as histórias que se cruzam no Largo Cândido dos Reis, o Terreiro, com milhares de viajantes portugueses e estrangeiros.

Ilda Serra tinha apenas 24 anos de idade quando começou a trabalhar na pousada de Leiria e ainda mantém contacto com alguns deles. Recorda as amizades para a vida, os momentos de partilha durante as refeições, em que todos colaboravam nas tarefas, o mundo imenso a entrar pela recepção num tempo em que o mundo parecia muito maior e muito mais distante do que parece hoje.

“As pessoas voltavam todos os anos”, explica. “Conhecia-se muita gente, havia convívios. A minha juventude foi ali praticamente passada. Os melhores anos”.

Segundo Ricardo Charters-d’Azevedo, descendente do primeiro proprietário, o imóvel, incluindo a parte onde hoje se encontra a clínica Cedile, foi construído em meados de mil e oitocentos como moradia de José Maria Henriques de Azevedo e Maria Isabel Charters, que tiveram nove filhos. Aquando da restauração da diocese em 1918, após os acontecimentos de Fátima, tornou-se residência do bispo de Leiria durante um período.

Três semanas de trabalho a remover lixo e a melhorar o contexto, com a ajuda de utentes da associação InPulsar, permitem agora a redescoberta da antiga pousada da juventude de Leiria, que se junta a outros lugares desocupados e devolvidos à cidade temporariamente nas várias edições do festival A Porta desde 2014. Entre eles, o espaço onde funciona o hostel, bar e restaurante Atlas, um imóvel actualmente em fase de reabilitação na Rua Direita junto à Luziclara, a Casa do Arco num dos cantos da Praça Rodrigues Lobo, as antigas instalações da EDP na Ponte Hintze Ribeiro e, em 2021, a Villa Portela.

Este ano, está ainda prevista a abertura, a 18 de Junho, do chamado Orfeão Velho, na Rua Latino Coelho, fechado em 2010, para acolher entre as 10 e as 20 horas o Bazar Circular dedicado ao comércio sustentável.

Na sétima edição, o festival A Porta realiza-se entre 12 e 19 de Junho e regressa ao território onde nasceu, a Rua Direita e envolventes. Ao lado do cartaz de música e do programa de artes visuais propõe as instalações, iniciativas e feiras do projecto 1001 Portas, os tradicionais jantares temáticos e as actividades infanto-juvenis da Portinha.

“Seja o que vier a ser este edifício, queremos que o jardim possa ter continuidade de programação”, diz Miguel Ferraz, sobre a antiga pousada da juventude, onde a equipa que organiza o festival A Porta vê “um caminho para as artes e para a cultura” e onde se prepara para instalar a exposição de artes plásticas, um palco, um bar com esplanada, o centro de informação e o centro de operações e acolhimento de artistas.

Desde a primeira hora, “a missão principal” do festival “é abrir espaços obsoletos” na zona mais antiga de Leiria “e dar-lhes uma nova vida, uma nova perspectiva”, realça Miguel Ferraz.

No momento em que, por exemplo, as obras que visam transformar a Villa Portela num centro de artes já têm prazo de execução e data para conclusão anunciada pelo município, parece positivo o balanço da intervenção com que A Porta, ao longo de várias edições, quis estimular a cidadania activa e o espírito comunitário, embora subsistam desafios. “Estamos muito felizes por voltar ao centro histórico porque achamos que o trabalho não está concluído”.

Entre outras soluções, os artistas do concelho “precisam de espaços para trabalhar e criar e precisam de visibilidade”, lembra Mariana Lois, também da organização do festival A Porta. Por outro lado, num bairro cada vez mais multicultural, como é o centro histórico de Leiria, “às vezes, os comerciantes e moradores são esquecidos”. E é em nome da memória e da inclusão, também, que o festival A Porta acontece.

Na antiga pousada da juventude de Leiria, a exposição Casa Plástica, com curadoria de Leonardo Rito, vai reunir obras de Gonçalo Pena, Neuza Matias, Nuno Gaivoto, Tiago Baptista e Sílvia Patrício, entre 12 e 30 de Junho.

Nos dias 23, 24 e 25 de Junho há cinema: sessão especial Ucrânia do Shortcutz Leiria e exibição dos documentários Sisters With Transistors, de Lisa Rovner, e Symphony of the Ursus Factory, de Jaśmina Wójcik.

Os primeiros concertos acontecem a 12 de Junho: Daniel Bernardes, pianista e compositor natural de Alcobaça que actualmente dirige a Leiria Cidade Criativa da Música Unesco, e Salvador Sobral com André Santos.

As actividades vão ocupar o rés-do-chão do edifício e parcialmente o primeiro piso.

Etiquetas: festival a portaLeiria
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