PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Opinião

Repensar a escola

Fernando Gonçalves, INTERVIR JÁ – Movimento Cívico por Fernando Gonçalves, INTERVIR JÁ – Movimento Cívico
Fevereiro 22, 2018
em Opinião
0
Repensar a escola
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

José Saramago disse, um dia numa entrevista, que se tivesse nascido cinquenta anos mais tarde nunca teria sido laureado com o prémio Nobel da Literatura. Segundo ele, a razão devia-se ao facto de, na sua infância em casa do seu avô, nada haver além de livros, como passatempo.

Para uma criança interessada como ele, os livros eram o único foco de distração, naquele tempo, social e economicamente, pobre. Porventura inspirado em Ortega Y Gasset, Saramago disse, com modéstia, que foram, sobretudo, as circunstâncias a possibilitar a atribuição do Nobel.

Evidentemente, muito se deve ao seu brilhantismo e também aos protestos indignados de Mário Soares que, tantas vezes, reclamou a atribuição do prémio a um autor de Língua Portuguesa.

Saramago dizia que os livros não têm hipótese alguma de competir no mundo dos jovens de hoje, face às dezenas, ou mesmo centenas, de focos de interesse que lhes são proporcionados pelas tecnologias, retirando-lhes tempo e predisposição para estudar ou treinar um instrumento musical durante mais de uns escassos minutos seguidos por dia.

O próprio ensino escolar encontra-se, hoje, «empacotado» com a mesma embalagem de há décadas.

Isso não cativa as mentes despertas e, talvez por isso dispersas, dos jovens de hoje.

Há, por exemplo, uma obsessão sistémica pela matemática, quando começa a ser claro, para todos, que não faz sentido obrigar um estudante, sem especiais aptidões para essa disciplina, a prosseguir nela. Somar letras com números nada diz nem se afigura ter a mínima utilidade na vida dos que pretendem seguir “Humanidades”.

A Finlândia, mais uma vez, tomou a dianteira, em matéria de inovação educacional, ao abolir a tradicional divisão de conteúdos de matérias escolares.

O professor de biologia pode dar uma aula sobre a conduta humana, o professor de geografia  [LER_MAIS] pode dar uma lição sobre sociologia dos povos e o professor de química pode dar uma lição sobre emoções e comportamentos.

Marjo Kyllonen, responsável educacional de Helsínquia, justifica esta opção de forma notável: «Precisamos de repensar a educação e reprojetar o nosso sistema, para que ele prepare as nossas crianças para o futuro com as competências necessárias para o hoje e para o amanhã.

Nós ainda temos escolas a ensinar à moda antiga, que foi adequada para os anos de 1900 mas as necessidades de hoje já não são as mesmas e nós precisamos de um ensino adequado ao século XXI».

É preciso, pois, também em Portugal, iniciar-se um debate sobre a nossa escola que se torna cada vez mais desadequada e pouco amigável.

Temos derepensar o flagelo dos quadros de honra, dos rankings, e de outros instrumentos de tortura que conduzem a humanidade de amanhã a padrões desenfreados de competição individual, em detrimento da cooperação que foi, desde a noite dos tempos, a argamassa que edificou civilizações.

Precisamos de refletir sobre questões como por exemplo a caricatura social do «dia do pai» e do «dia da mãe», patrocinada pelo marketing comercial e posta em prática, em grande medida, pelas escolas que não têm em conta a violência brutal que esses dias representam para órfãos, crianças institucionalizadas ou filhos deprogenitores ausentes.

Urge, pois, começar a trilhar caminho já que, se partirmos cedo, poderemos chegar primeiro!

*Jurista/autor
Texto escrito de acordo com a nova ortografia

Etiquetas: fernando gonçalvesopinião
Previous Post

Semana das 28 horas trabalho

Próxima publicação

Os nossos queridos mais velhos

Próxima publicação
Os nossos queridos mais velhos

Os nossos queridos mais velhos

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.