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O município de Caldas da Rainha assinala hoje o 16 de Março de 1974, também designado como Revolução das Caldas, com uma programação cultural que inclui a criação de um mural digital, uma cerimónia evocativa desta data, uma tertúlia e um concerto.
A Revolução das Caldas foi um movimento revolucionário que, a 16 de Março de 1974, saiu de Caldas da Rainha em direcção a Lisboa, com a intenção de derrubar o regime.
Este objectivo não foi atingido, mas “o 16 de Março deixava antever a vontade de democracia e liberdade que, semanas depois, se concretizava com o 25 de Abril de 1974”, recorda a autarquia.
A programação arranca esta manhã com a sessão A Minha Liberdade é de Todos, um projecto da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril, em parceria com o Gerador. O público escolar é convidado a transformar o lápis azul – símbolo da censura durante a ditadura, num veículo de liberdade.
Os alunos vão transpor para o papel, na cor associada à repressão, a sua interpretação da liberdade, e o resultado integrará um mural colaborativo digital, que será tornado público em Abril.
Nesta sessão, estão presentes a comissária executiva da Estrutura de Missão para as Comemorações do 50.º aniversário da Revolução do 25 de Abril de 1974, a historiadora e professora Maria Inácia Rezola, a historiadora Irene Pimentel, o coronel Santos Silva e o ilustrador Nuno Saraiva.
Segue-se, a partir das 11 horas, a cerimónia evocativa do 15 de Março, junto ao monumento que alude a este movimento.
Durante a tarde, o Café Concerto do Centro Cultural de Congressos (CCC) recebe uma tertúlia com a historiadora Joana de Matos Tornada, autora do livro Nas Vésperas da Democracia em Portugal – O Golpe das Caldas de 16 de Março de 1974.
Também no CCC, a partir das 21:30 horas, Sérgio Godinho apresenta LIBERDADE25, a celebração de uma carreira que se confunde com a história do quotidinao português e que inclui uma canção composta em 1974.
