PUBLICIDADE
  • A minha conta
  • Loja
  • Arquivo
  • Iniciar sessão
Carrinho / 0,00 €

Nenhum produto no carrinho.

Jornal de Leiria
PUBLICIDADE
ASSINATURA
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Abertura
  • Entrevista
  • Sociedade
  • Saúde
  • Economia
  • Desporto
  • Viver
  • Opinião
  • Podcasts
  • Autárquicas 2025
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Jornal de Leiria
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Home Viver

Rita Gaspar Vieira, artista plástica: “Percebo que sou artista quando tenho consciência do meu desassossego”

admin por admin
Outubro 12, 2016
em Viver
0
Rita Gaspar Vieira, artista plástica: “Percebo que sou artista quando tenho consciência do meu desassossego”
0
PARTILHAS
0
VISUALIZAÇÕES
Share on FacebookShare on Twitter

Maria João Gamito escreve que, neste trabalho, fez “cópias, decalques, moldes e réplicas que transmitem, no papel, as semelhanças ou verosimilhanças dos espaços: Um chão, uma porta, um tampo de mesa”. O que a leva e como a leva a fazer esta reinterpretação do mundo?
O meu trabalho decorre de um olhar atento sobre o quotidiano, concretamente sobre as repetidas práticas que ele integra, que vão marcando os espaços e os objectos diariamente usados, dando conta de que eles são habitados/ usados. As obras que reuni nesta exposição foram desenvolvidas entre 2015 e 2016 recorrendo a um uso insistente do papel para registar os desenhos, que “encontro” latentes nos lugares que frequento. O uso das estratégias de trabalho referidas no texto da exposição revela o meu olhar, o foco da minha atenção que é, aliás, uma questão dominante no desenho e em toda a produção criativa em geral. As minhas obras decorrem da minha experimentação e dos meus interesses singulares. Enquanto artista, procuro constantemente modos para, a partir do que conheço e me é próximo, edificar proposições que apresentam questionamentos que vão dando conta do que entendo e do modo como me relaciono com o mundo. Como tal, o meu processo criativo é necessariamente uma reinterpretação do mundo que se refaz constantemente, para a qual preciso sempre de tocar uma vez mais cada superfície.

Doutorou-se em Desenho, licenciou-se em Pintura e estuda o modo como o gesto no quotidiano traduz o pensamento…
O gesto, a manualidade e a presença do corpo do artista são denominadores comuns na produção artística em geral e, concretamente, na Pintura e no Desenho. O meu percurso de investigação foi-se centrando numa procura do carácter essencial do desenho, bem como na sua simplicidade e portabilidade, que é reforçada pelo uso do papel. Nesse processo de trabalho, arte e vida diária foram-se misturando. Os procedimentos artísticos foram-se tornando, muitas vezes, os mesmos ou outros semelhantes aos que desenvolvia no âmbito das práticas diárias. E, centrando a minha atenção sobre eles, comecei a consciencializar os modos como diariamente revelamos, de formas silenciosas, diferentes interesses, ideias e opções… questões que trato nas minhas obras.

Como é que, consigo, funciona o “incidente criativo”?
O “incidente criativo” surge no meu trabalho oriundo de acasos, que reconheço como parte do processo criativo aceitando-os ao integrar nele os resultados desses acontecimentos, mas ele também surge como resultado de desvios deliberadamente criados por mim, por exemplo, no uso que faço dos media. Com estes acasos e desvios introduzo e integro o erro e a falha, que são partes da vida e também do trabalho artístico. No entanto, eles só fazem sentido enquanto elementos que se adicionam a uma rotina regular de trabalho, na qual há regras que servem de referência e de ponto de partida para a experimentação desenvolvida no atelier.

Em Março, montou a exposição Voyage autour de ma chambre, no Quarto 22, no Colégio das Artes, na Universidade de Coimbra. Aí o desafio era fazer não apenas um percurso dentro do quarto – que normalmente é um lugar muito íntimo e cheio de segredos – mas também pelo interior e pela relação pelo exterior da artista?
O projecto Voyage autour de ma chambre foi desenvolvido a partir da minha circunstância particular, como uma viagem interior a partir da qual, por comparação e análise do que me é próximo, eu propunha a cada observador que desenvolvesse o seu próprio olhar. Essa relação entre o interior e o exterior é tratada no livro de Xavier de Maistre que emprestou o título ao meu projecto, no qual uma viagem especulativa permite ao autor levantar questões sobre o domínio do comum na vida diária. Os objectos apresentados no meu projecto eram de uso comum, eram mesas, um estrado de uma cama e pedaços do chão da minha casa. Inseridos num discurso autoral, esses objectos eram postos em relação com o observador convidado-o a construir as suas paisagens e a situar a sua viagem interior. Por outro lado, a estrutura circular do espaço expositivo; que era fechada com uma cortina suspensa num varão, referenciava a própria história daquele espaço, que foi em tempos um hospital. Usei-a intencionalmente para acentuar a ideia do autour – do andar em torno, descrevendo um percurso que era o da sua própria história e também o de encontro do que ela tem de comum com as outras.

Perfil
Paixão pelo Desenho

Rita Gaspar Vieira nasceu em Leiria em 1976, onde reside e trabalha. Estudou Artes Plásticas – Pintura, na Faculdade de Belas Artes de Lisboa ao que se seguiu um mestrado em Teorias da Arte, e recentemente, o doutoramento em Belas Artes, na especialidade de Desenho.

“A centralidade do Desenho na minha prática artística está relacionada com a minha vida diária, na qual também é relevante a minha prática da docência.”

Alia, hoje, o trabalho criativo à carreira de docente no ensino superior, na área do Desenho. É, aliás, no “branco do algodão”, que elege o seu espaço criativo de eleição.

“Percebo que sou artista quando tenho consciência do meu desassossego, que se processa sem datas nem limites muito definidos, mantenho apenas como linha de pensamento a valorização de uma procura constante, que surge e se afirma na vida e no trabalho em detrimento do alcance de certezas ou de um só ponto de chegada.”

Leia mais na edição impressa ou torne-se assinante para aceder à versão digital integral deste artigo.

Etiquetas: Rita Gaspar Vieira
Previous Post

Operação STOP Leiria está a ajudar caça ao homem

Próxima publicação

Mais vale tarde do que nunca, mas…

Próxima publicação
Mais vale tarde do que nunca, mas…

Mais vale tarde do que nunca, mas...

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

  • Empresa
  • Ficha Técnica
  • Contactos
  • Espaço do Leitor
  • Cartas ao director
  • Sugestões
  • Loja
  • Publicidade Edição Impressa
  • Publicidade Online
  • Política de Privacidade
  • Termos & Condições
  • Livro de Reclamações

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.

Bem-vindo de volta!

Aceder à sua conta abaixo

Esqueceu-se da palavra-passe?

Recuperar a sua palavra-passe

Introduza o seu nome de utilizador ou endereço de e-mail para redefinir a sua palavra-passe.

Iniciar sessão
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Sociedade
  • Viver
  • Economia
  • Desporto
  • Autárquicas 2025
  • Saúde
  • Abertura
  • Entrevista

© 2025 Jornal de Leiria - by WORKMIND.