Depois de duas semanas de desenvolvimento, a RKP Moldes, empresa da Martingança, iniciou esta segunda-feira a produção de máscaras transparentes, em policarbonato.
A empresa do concelho de Alcobaça acredita que “a eficácia de qualquer máscara só se consegue se houver uma utilização comunitária”. Com esta máscara, “mais do que cada um proteger-se a si próprio, está igualmente a proteger aqueles que o rodeiam”.
A RKP Moldes tem capacidade para fabricar 15 mil por dia. Mercado nacional e estrangeiro são os alvos deste novo produto, também vocacionado para surdos, por não esconder o rosto.
“A minha filha é audiologista, profissional que trabalha muito com pessoas que ouvem mal e com surdos. Com máscara não conseguia comunicar com eles. Foi por isso que surgiu a ideia da máscara transparente”, explicou ao JORNAL DE LEIRIA Paulo Caetano, gerente da RKP Moldes.
Esta máscara, que será comercializada com a marca Victory, foi criada em parceria com uma empresa luso-germânica, que fará a distribuição no mercado alemão e nos Estados Unidos. Está a ser produzida na RKP Moldes, que se dedica ao fabrico de moldes e injecção de plástico.
[LER_MAIS] “Desde a produção até à embalagem, todos os funcionários usam máscaras e luvas para manusear o produto e fazer a sua montagem com o máximo cuidado e segurança”, lê-se no site da Victory.
Depois de registada a marca, a empresa tenta agora a aprovação do Infarmed para esta máscara. “Seria uma mais-valia, porque poderia ser vendida a profissionais de saúde. Sem aprovação desse organismo, só podemos vender ao consumidor final”, diz o empresário, que adianta desconhecer a existência de um produto com as características deste.
Por ser feita em policarbonato, a máscara é lavável, logo reutilizável, não embacia e permite uma fácil respiração.