Depois de anos de abandono, o espaço onde se inserem as antigas salinas da Junqueira, em Monte Redondo, Leiria, vai ser recuperado, com um projecto que contempla a criação de um centro de interpretação e a requalificação dos passadiços. O investimento rondará os 212 mil euros, prevendo-se que as obras comecem ainda este ano.
Segundo Céline Gaspar, presidente da União de Freguesias de Monte Redondo e Carreira, o projecto prevê a reconstrução da antiga casa dos salineiros, que será transformada num cento de interpretação ambiental. Está também programada a criação de “uma salina demonstrativa”, num dos tanques existentes no local, e de um espaço que permita o cultivo de salicórnia, uma planta herbácea própria de zonas litorais e solos arenosos e salinos.
A autarca adianta que o projecto, desenvolvido pela Junta de Freguesia, preconiza ainda a requalificação do espaço onde se inserem as salinas, “preservando a fauna e flora nele existente”, e a recuperação do circuito interpretativo existente no local, “de forma a que se torne exequível a realização e/ou a integração de percursos pedestres”.
[LER_MAIS] Além dos passadiços, será recuperada e/ou substituída a vedação, o observatório de aves e os equipamentos instalados há alguns anos junto ao lago (bancos, varandim e deck) e a criação de zonas de lazer, dotadas de mobiliário para piquenique, papeleiras e placards informativos.
A par da obra física, o projecto – denominado Salinas da Junqueira: Preservar o passado, pensar o presente, construir o futuro – contempla a dinamização de “actividades de cariz sócio-cultural, educativo, desportivo e lúdico, que fomentem a interacção da comunidade com o espaço”.
O objectivo, explica Céline Gaspar, é “criar uma dinâmica forte no espaço para que este seja não só um espaço de preservação da história local, mas que se criem alicerces fortes do futuro deste local, tornando-o num ponto de interesse turístico da freguesia e do concelho”.
A Junta espera que a dinâmica que quer imprimir ao local ajude também a preservar o espaço, evitando que se “comentam os mesmos erros do passado”, frisa a presidente da Autarquia, referindo-se ao abandono a que o espaço foi votado após as obras de reabilitação, realizadas em 2006, e que contribuiu para a degradação actual.
Segundo Céline Gaspar, o projecto prevê ainda a criação de um posto de trabalho e “uma calendarização específica de manutenção” através dos recursos humanos da Junta.