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O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, vai encontrar-se, este sábado, dia 22, com pescadores e pequenos armadores de Peniche, num almoço a realizar na Praia do Quebrado.
Inserida no âmbito da acção nacional “Mais força aos trabalhadores” que o partido está a promover, a iniciativa visa “ouvir” estes profissionais sobre os principais “problemas e aspirações” que têm.
“É preciso valorizar a pesca, para que esta possa garantir uma vida estável que fixe as novas gerações”, defende o PCP, em comunicado, onde realça a necessidade de “investir nas condições de trabalho a bordo”, para aumentar a segurança das embarcações. Os comunistas chamam ainda a atenção para a necessidade de “garantir salários e rendimentos dignos aos pescadores todo o ano”.
Naquele comunicado, o PCP lamenta que a balança comercial da pesca -, ou seja, a diferença entre a pesca que o País vende e compra ao estrangeiro – se tenha agravado em “328 milhões de euros em 2022”, traduzindo o aumento da dependência externa alimentar, “o que é grave”.
Por outro lado, “surgem novas ameaças à pesca com o processo que está em curso visando a exploração por multinacionais de energia eólica, o essencial na faixa das seis às 12 milhas onde se encontram os maiores pesqueiros, para a produção de electricidade colocando uma floresta de torres eólicas ao largo da costa”.
Esta é, no entender do PCP, “uma ameaça que precisa de ser travada”. “É preciso que o País tenha a capacidade de capturar e produzir aquilo que o Povo português precisa para comer”, defendem os comunistas.
