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Home Opinião

Sem-abrigo emocional

João Lázaro, psicólogo clínico e director do TE-ATO por João Lázaro, psicólogo clínico e director do TE-ATO
Novembro 2, 2023
em Opinião
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De tão atarefados e distraídos que andamos, mal damos pelo seu estado de sofrimento. Porém, estão tão próximos de nós e em tão grande número. Encontramo-los no local de trabalho, na escola, nos cafés, nas ruas e praças, por vezes tão próximos são que vivem connosco ou são familiares próximos.

Padecem de uma dor que os acompanha em cada momento das suas vidas e que lhes embacia o olhar e o sorriso. São penitentes perpétuos de um vazio que lhes corrói a alma e os esvazia de vontade própria. Vivem na condição de sem-abrigo emocional. Muitos já aprenderam a disfarçar o seu estado porque não querem incomodar os outros, por terem vergonha do seu vazio, por pensarem que as suas queixas não seriam tão-pouco escutadas, por acreditarem que ninguém acreditaria que a alma também dói.

Quando lhes perguntamos como vão (mais por hábito adquirido do que por verdadeiro interesse), respondem com um estafado “tudo bem” e afivelam um sorriso de circunstância.

Seguimos as nossas vidas, satisfeitos porque nos fingimos interessados, e eles seguem os passos da via-sacra do resto do dia porque assim tem que ser. Mais desamparados, contudo, porque lhes fugiu entre os dedos uma oportunidade de se queixarem. Muitos deles presumem que a cura para a solidão que os corrói está em procurarem ser normais. Mal sabem que a normalidade é a grande pandemia que nos ameaça a todos.

Para se sentirem normais e ligados aos outros acabam por viver a vida dos outros, a mais das vezes mais vazias ainda que as suas. Conectam-se artificialmente no mundo virtual, aplaudem e comentam o desinteressante, anestesiam-se de nada. Frequentam lugares da moda e consomem a bebida amarga da vulgaridade.

Circunspectamente escutam os fazedores de opinião pública e os especialistas de coisa nenhuma. Bebem as proféticas palavras de um qualquer ignorante desde que lhes sejam servidas num écran.

Deixaram de escutar a voz humana e de olhar o espelho da alma que é o olhar do outro. E assim presumem que se vão tratando da sua solidão interior, quando a reparação está mesmo ali ao lado em quem, como eles, necessita tão-somente do abrigo de uma conversa. 

Etiquetas: contocrónicaemocionalescrita criativaJoão LázaroLeiriaopiniãopalavraspandemiaproféticasregião de Leiriasem abrigosolidãovidavirtualvulgaridade
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