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Silence 4: “Fomos muito teimosos em relação ao caminho que queríamos traçar”

Cláudio Garcia por Cláudio Garcia
Junho 12, 2025
em Entrevista
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Silence 4: “Fomos muito teimosos em relação ao caminho que queríamos traçar”
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O regresso dos Silence 4 aos palcos tem 11 datas anunciadas. Em Leiria, os concertos, todos com lotação esgotada, acontecem esta semana: 12, 13 e 14 de Junho, quinta, sexta e sábado, no Teatro José Lúcio da Silva.

Continuam disponíveis bilhetes para o Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota no Porto (13, 14, 15 e 16 de Novembro) e para o Meo Arena em Lisboa (12 e 13 de Dezembro), que expandem, para já, a celebração dos 30 anos do grupo formado em Leiria na década de 90.

Também existem espectáculos agendados na Ribeira Brava (Açores) e em Faro.

O primeiro álbum da banda, Silence Becomes It, foi lançado em 1998 e inclui os êxitos “A Little Respect” – versão para o tema dos britânicos Erasure – e “Borrow”. No ano 2000, surgiu o segundo e último disco de estúdio, Only Pain Is Real, em que se destacava o tema de abertura, “To Give”.

A discografia dos Silence 4 inclui ainda os registos Ao Vivo no Coliseu dos Recreios, que se baseia nas apresentações em Lisboa em 19 e 20 de Dezembro de 2000, e Songbook Live 2014, extraído da digressão realizada nesse ano.

Agora que estão a comemorar 30 anos, como é que olham para o que vos aconteceu, enquanto Silence 4?
Rui Costa – Continuo sem saber explicar totalmente. A única coisa de que tenho a certeza é que fomos muito teimosos em relação ao caminho que queríamos traçar. Ou seja, ficámos ali três anos fechados. Algumas editoras recusaram-nos, a maior parte delas. “Se vocês tocarem os temas todos em português, se calhar, há uma hipótese”. E nós: “Não. Ficamos aqui quietinhos”. Três anos, a ensaiar naquela casa da Reixida. Entregámo-nos àquela espécie de paixão e com aquela teimosia toda seguimos o nosso caminho. Acho que, para este fenómeno, uma parte tem a ver com a sinceridade e a honestidade daquilo que fazíamos. Depois, outras coisas, não sei, ultrapassam-me um bocadinho e para mim até se tornaram assustadoras, confesso. A partir de um certo ponto havia muita pressão. Eu gosto é de música.

Pressão vinda de onde?
Rui Costa – Dos fãs. Estavam sempre em cima de nós. Da imprensa. De todo o lado.
Tozé Pedrosa – Editoras, promotores.
Rui Costa – Manager. Às vezes, numa semana, éramos capazes de fazer cinco ou seis concertos, o que era um exagero, na minha opinião. Consigo ver, com essa distância, [que] houve momentos muito difíceis, mas acho que nos aguentámos bem. E, depois, sentia também falta de liberdade. Lembro-me que quando começámos a gravar o segundo álbum, conversámos. “Qual é a melhor forma de podermos fazer o que nos apetecer?”. Então, a decisão foi: “Vamos gravar para fora”. Sozinhos. Foi muito mais tranquilo e fizemos o que nos apeteceu. Fomos para Inglaterra, para o Ridge Farm Studio.

Num texto que publicámos a propósito dos 20 anos do álbum Silence Becomes It, o David diz mesmo que foram rejeitados por todas as editoras, incluindo pela Polygram, antes de a Polygram aceitar.
Rui Costa – Todas. Verdade. Completamente rejeitadinhos.

Não é estranho?
Rui Costa – Acho que não havia tanta sensibilidade para bandas que cantavam noutra língua, nomeadamente, inglês. As editoras estavam muito cépticas em relação a isso. Quando assinámos o contrato com a Universal [à época Polygram], eles pediram três músicas em português. Nós não tínhamos. Fiz uma proposta: e se forem duas e numa das músicas o Sérgio Godinho está lá? Eu sabia que na semana seguinte o Sérgio Godinho ia estar em Leiria, num evento. Não o conhecia, mas já tinha começado a compor uma música em que gostaria que ele colaborasse, que acho que se liga ao universo dele, que é o “Sextos Sentidos”. Levei a guitarra e no fim daquilo cheguei ao pé do Sérgio: “Chamo-me Rui, sou de uma banda aqui de Leiria, cantamos em inglês, mas gostava de lhe pedir a colaboração para escrever uma letra”. E foi assim. Toquei-lhe a música e ele achou interessante.

E esse tema, realmente, entrou no álbum.
Rui Costa – Sim, e acho que é um dos nossos temas emblemáticos. Em português. E o David escreveu uma outra música, “Eu Não Sei Dizer”.

Venderam muitos discos. É um fenómeno, hoje, repetível?
Tozé Pedrosa – Nada é repetível da mesma forma. Há sempre condicionantes. Cada um no seu momento tem factores internos e externos que influenciam o desenvolvimento da banda. Os factores internos, o Rui já os explicou. As nossas motivações, os nossos desejos. Em termos externos, de facto, era uma altura em que a economia estava mais saudável, diria assim. Havia muito consumo, havia consumo de discos. Tanto assim era que a editora procurou explorar vários formatos: CD, vinil, inclusive as cassetes. Hoje, as coisas são bem diferentes, estamos numa época digital. Eventualmente, as bandas que têm capacidade de explorar o digital podem, com certeza, também, ter sucesso.

Agora que os concertos estão aí à porta, como se sentem?
Tozé Pedrosa – Muito bem, cheio de energia, cheio de vontade de tocar com o Rui, com o David, com a Sofia e com o Paulo Pereira. Penso que é comum, a todos, estarmos muito agradados com esta situação.
Rui Costa – Há uma grande diferença para 2014, quando nos juntámos por causa da doença da Sofia. Nessa fase, ensaiámos sob alguma pressão, porque tomámos uma decisão e os concertos iam ser entretanto. O que também fez lembrar os anos 98, 99, 2000, 2001. Agora tivemos tempo. O que era importante para mim que acontecesse era que pudéssemos respirar e se calhar voltar, entre aspas, como uma metáfora, à casa da Reixida. Que pudéssemos voltar a construir as coisas com tranquilidade, com calma, sem qualquer tipo de pressão. E, então, estamos a ensaiar já há algum tempo, com toda a liberdade. Aquilo que sinto neste momento é muita tranquilidade. É como se estivéssemos outra vez três anos a ensaiar e ninguém nos conhecesse. Os nossos ensaios a partir do início deste ano foram um bocadinho isso. É como se não existíssemos. Estamos ali outra vez para partilhar coisas e não estamos preocupados com o sucesso, com o que nos atingiu. Nem sequer penso nisso. Penso mesmo no prazer que estou a tirar daquele momento ao estar a ensaiar e vai acontecer o mesmo quando estiver em palco.

O que vos motivou a voltarem a juntar-se?
Tozé Pedrosa – Porque não? Porque não voltar? Experimentar, voltar a sentir aquilo que o Rui estava a dizer. Para além de estarmos a ensaiar na Black Box, tenho estado a ensaiar na casa da Reixida, no espaço Serra, tenho lá ido com alguma frequência, e voltar àquele lugar foi precisamente isso, esse sentimento de liberdade, de voltar às origens, de reviver alguns sentimentos. E se calhar pode ter também a ver com isso, o facto de nos voltarmos a juntar agora. Nós próprios querermos viver algumas situações. Claro que são diferentes, mas com o mesmo gosto, pelo menos, intensidade.

Há algum tema novo? Alguma surpresa?
Rui Costa – Vamos tocar todos os temas do primeiro álbum. Vamos tocar mais alguns temas que não estão gravados, normalmente não faziam parte dos concertos que demos no passado, e vamos tocar músicas que já conhecem, mas com mais detalhes, porque tivemos tempo. Quando estamos a ensaiar, quando estamos completamente descontraídos, é possível arriscar, e é isso que estamos a fazer, a nível de arranjos, de abordagens e até de alteração de tom de algumas músicas.
Tozé Pedrosa – Há tempo para a criatividade, de novo.

Não há temas novos?
Rui Costa – Os Silence 4 não fizeram músicas novas para este concerto.

Têm várias datas esgotadas. Já esperavam esta adesão por parte do público?
Tozé Pedrosa – De facto, acaba por exceder até a expectativa que eu tinha depois de começar a sentir que as coisas estavam a acontecer.

E é importante para vós que as novas gerações tenham contacto com a vossa música e conheçam o legado, nomeadamente, em Leiria?
Rui Costa – A minha filha não sabia quem eram os Silence 4 até há algum tempo. Em casa não ouço a música que gravei, não sou masoquista. E agora começaram a mostrar-lhe. Nem fui eu, mas ela está a gostar imenso. E os meus alunos, os pais andam a mostrar e muitos deles vão ao concerto e já adoram o som da banda. Não sei se os pais os obrigaram. Provavelmente, foram obrigados.
Tozé Pedrosa – Nunca fiz questão de mostrar as bandas, foi sempre por iniciativa deles. Temos amigos que têm filhos jovens adultos, com 18, 20 anos, que, alguns deles, vão estar presentes. Não sei se por iniciativa dos pais, se por iniciativa deles. Há dois anos, um pequeno grupo de alunos no final da aula veio ter comigo e questionou-me se eu não era o baterista dos Silence 4. Mas é muito pacífico, muito tranquilo. Compreendem que são papéis diferentes.

Conseguem identificar um momento, ou momentos, decisivo para a popularidade da banda?
Rui Costa – O festival Sudoeste, quando encerrámos aquilo acidentalmente. Não estava previsto. Tocámos em Vila do Conde [na noite anterior] e logo a seguir tínhamos de estar no Sudoeste. De repente, quando estávamos lá, eram umas seis da tarde, disseram-nos: “Têm de ser vocês a encerrar o festival Sudoeste”. Os Portishead tinham de apanhar o avião para ir não sei para onde, então, ficámos com aquela responsabilidade. E atenção, a nossa banda, naquela altura, eram duas vozes, uma bateria, um baixo e uma guitarra acústica. Tudo muito cru. Fomos tocar a seguir aos Placebo, à PJ Harvey e aos Portishead. Vi esses concertos no palco e as minhas pernas tremiam.

E, na verdade, correu bem.
Rui Costa – Sim, logo nos primeiros quatro compassos, senti: “Ok, já ganhámos”. Foi brutal. Ainda por cima, estava a ser transmitido em directo na Antena 3. Para mim, foi marcante, o Sudoeste. E acho que o Sudoeste abriu outras portas.
Tozé Pedrosa – Foi, de facto, muito marcante. Aqui em Leiria, acho que o concerto que fizemos no Orfeão [velho] também.
Rui Costa – Deu-nos muita segurança. Permitiu chegar à conclusão: “Nós conseguimos fazer isto e bem”. E mesmo que toquemos músicas depressivas, que algumas eram, conseguimos tocá-las com tanto feeling que conseguimos que as pessoas venham ao nosso encontro. E foram momentos mágicos.

Chegou a haver a intenção de exportar, entre aspas, os Silence 4.
Rui Costa – Sim, tocámos no Borderline [em Londres]. Estava cheio, mas não houve grandes consequências.

Porque acham que não houve internacionalização?
Rui Costa – Porque é preciso sempre um grande investimento. Principalmente, na parte de marketing. E há muitas bandas a cantar em inglês. É mais fácil um artista português que cante fado, uma coisa tradicional, conseguir vingar lá fora do que uma banda portuguesa a cantar em inglês. Há muita concorrência e boa. Também chegámos a tocar em Barcelona e em Madrid. A abrir para os dEUS, uma banda de que gosto bastante. E essa parte é a parte interessante. Não há grande sucesso internacional, mas há outra coisa que para mim importa muito: contacto com outras bandas. Conhecer os dEUS, e, quando gravámos o primeiro álbum, escrever arranjos para a orquestra de Londres, que era uma coisa impensável na minha vida um ano antes. Foi uma sorte. Sinto-me um enorme privilegiado. Nesse aspecto, foi muito rica, a experiência.

Para cada um de vós, qual é a experiência que fica, do tempo com Silence 4?
Rui Costa – Para mim, o Sudoeste.
Tozé Pedrosa – PJ Harvey e Portishead eram bandas que eu ouvia todos os dias, praticamente. Os grandes concertos de alguma forma são marcantes, pelo número de pessoas. Em 1998, quando fizemos o Pavilhão Atlântico, não era nada esperado. Há muita experiência marcante. Desde logo, a gravação. Estar em estúdio. É espectacular. Depois, apesar de não me ter sentido confortável com a frequência com que fazíamos concertos, de alguma forma o andar em estrada, essa vivência, de ir tocar a várias zonas do país e estar com vários públicos muito diferentes, também foi enriquecedor.

Vai haver Silence 4 depois de Dezembro, depois do último concerto?
Rui Costa – Acho que é bastante provável que sim. Se nos apetecer, a todos.

Concertos ou até um disco?
Rui Costa – Para mim está sempre tudo em aberto. É mais possível concertos. Já falámos sobre isso. Se nos apetecer pode acontecer, sem dúvida.

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