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Desde o início da nova onda de hostilidades em Gaza, morreram mais de 200 civis palestinianos, incluindo 58 crianças e 34 mulheres, enquanto as vítimas em Israel foram 8 civis, incluindo uma criança de 5 anos.
O Hamas e a Jihad Islâmica afirmam que apenas 20 dos seus membros foram mortos desde que os combates se iniciaram e que as demais vítimas são todas civis. Israel afirma que o número real de combatentes mortos é muito superior. Os combates são os mais violentos desde 2014.
A comunidade internacional assiste impotente aos combates e a principal potência global bloqueia todas as tentativas do Conselho de Segurança da ONU para chegar a um cessar-fogo.
Os Estados Unidos foram mais longe tendo mesmo aprovado a venda, imediata, de perto de um bilião de dólares em armas para Israel. A Europa, como é habitual, nada faz, apenas uns discursos de circunstância sem grande conteúdo.
Os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU continuam a negociar um texto comum a exigir o fim dos combates e a reafirmar uma solução de dois Estados, com base em resoluções já adotadas pela ONU.
Até ao momento todos os esforços continuam a ser bloqueados pelos Estados Unidos. Nem o ataque de Israel a um prédio que abrigava escritórios da agência de notícias Associated Press e da emissora árabe Al Jazeera foi condenado pelos americanos.
Importa clarificar dois pontos: apoiar a Palestina não é apoiar o Hamas ou a Jihad Islâmica. Tanto o Hamas como seus braços armados são organizações criminosas que não devem ter lugar no mundo; Israel tem o direito de se defender do “lançamento indiscriminado de foguetes” por parte dos combatentes palestinianos.
No entanto não tem o direto de massacrar um povo indefeso ao qual saqueou o território e explora.
Quantas mortes de civis em particular de crianças são precisas para impedir a continuação da ofensiva israelita, quantas mortes palestinianas são necessárias para serem tidas como “escândalo”? O assassinato de perto de 60 crianças não é suficiente???
Os responsáveis israelitas têm de ser levados a tribunal, incluindo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, por crime contra a humanidade, os tribunais internacionais não podem só agir em relação a conflitos em que os Estados Unidos tem interesses, como foi o caso da guerra na antiga Jugoslávia.
Texto escrito segundo as regras do Acordo Ortográfico de 1990
