PUBLICIDADE
A falta de médicos de família e a debilidade no funcionamento de alguns serviços na Unidade Local de Saúde da Região Centro (ULSRL) são dois dos motivos apontados pelo Sindicato dos Médicos da Zona Centro (SMZC) para convocar os profissionais de saúde a participar numa vigília, esta terça-feira, 17 de Setembro, a partir das 21 horas, em frente ao hospital de Leiria.
“A ULSRL serve uma população de cerca de 400 mil habitantes e cerca de 110 mil utentes não têm médico de família. Os serviços encontram-se sobrelotados, todas as especialidades da urgência apresentam constrangimentos, e os seus profissionais realizam milhares de horas extra para colmatar cuidados necessários. Esta é a ULS onde não se pode nascer todos os dias, pois as grávidas são frequentemente orientadas para outros hospitais”, apontam os dirigentes sindicais na convocatória para a acção de protesto.
No documento enviado às redacções, o Sindicado lembra que não é a apenas população que está preocupada com a integridade e sobrevivência do Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas todos os profissionais da Unidade de Saúde Local: “A população tem direito a uma resposta de proximidade e de qualidade, de ver os seus cidadãos nascer em segurança e perto das suas famílias! As nossas grávidas também merecem uma gravidez tranquila, sem sobressaltos nem preocupações acrescidas relativamente ao dia e local do parto”.
Com esta vigília, os profissionais esperam chamar a atenção dos decisores políticos para a necessidade de investimento no SNS, revitalização de todas as suas células e os seus recursos, e rejuvenescimento dos seus órgãos, para impedir o seu fim, num ano em que assinala 45 anos existência.
