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Home Opinião

Sinédoque

Luís Mourão, dramaturgo por Luís Mourão, dramaturgo
Março 18, 2021
em Opinião
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Cada um diverte-se como pode, e eu tenho-me divertido bastante a coleccionar sinédoques. Podia dar-me para pior, mas também me podia ter dado para muito melhor, até porque o exercício faz subir a tensão arterial.

A sinédoque é uma figura de estilo tão semelhante à metonímia que eu não as consigo verdadeiramente distinguir, e que consiste na atribuição da parte pelo todo ou do todo pela parte. Mas se na narrativa ficcional uma sinédoque fica sempre bem e não incomoda ninguém, já no discurso social, político e jornalístico se tornou numa habilidade desagradável, o truque de mentir sem dizer uma mentira. Não é nada bonito.

Dou-vos um exemplo fácil retirado da primeira página do Público de 12 de Março: “Escolas querem crianças do 1º ciclo com máscara mas pais discordam”.

É mentira porque as escolas querem muitas coisas diferentes e não tem, de todo, uma posição conjunta sobre a necessidade do uso de máscara em crianças pequenas e porque há com certeza pais que discordam e pais que concordam no universo (já de si mais nubloso do que parece) dos pais.

Como se vê, sendo mentira também não é completamente inverdade.

Os trabalhadores da Cultura em Portugal já devem ser, não todos mas muitos, especialistas em sinédoques. Tantos têm sido os títulos de imprensa, os anúncios mais ou menos enfatizados de apoio embrulhado na importância capital da sua actividade que no final, e feitas as contas, já deveriam ter visto alguma coisita que se veja. Mas, não.

Não é o caso para um número (ainda) incalculado deles – os de que menos se fala, os menos mediatizados, os menos protegidos, os mais distantes dos poderes, aqueles que mais precisam.

Cabe na cabeça de alguém que se possa anunciar que “o governo toma medidas para apoiar a Cultura” sem saber sequer quantas pessoas sustentam as actividades culturais, onde estão e que disciplinas praticam?

Não cabe na cabeça de ninguém mas é assim.

A Academia que agora lançou um inquérito, que espero muito participado, vai saber primeiro. E depois vamos saber todos ao mesmo tempo, Ministério da Cultura incluído, sem que daí venha mal ou bem ao mundo.

Os propalados apoios é que não chegam a quem realmente precisa deles. É bonito, sim senhor.

Por isso a próxima palavra para eles só pode ser imarcescível. Ainda por cima é bem bonita.

Etiquetas: Luís Mourãoopinião
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