Sofia Carreira acredita que vai ganhar a Câmara de Leiria e pôr fim a 16 anos de governação de “propaganda” socialista. A cabeça-de-lista do PSD promete colocar Leiria no mapa do desenvolvimento estruturado e contribuir para que o concelho deixe de ser uma capital de distrito sem voz.
Na apresentação da sua candidatura num jantar na freguesia da Ortigosa, que reuniu mais de 700 pessoas, a candidata social-democrata sublinha que é a sua candidatura que “vai pôr Leiria no mapa”. “No mapa do desenvolvimento estruturado, do progresso justo, de quem quer fazer de Leiria o seu lugar de vida, de futuro e de felicidade. Para isso, temos um programa que traz respostas concretas, estruturadas e sustentáveis”, destaca.
Segundo Sofia Carreira, perante os governos socialistas, a Câmara de Leiria PS “calou-se” e “aceitou ficar sem reforço de efectivos, sem equipamentos, sem instalações novas e dignas para a PSP e a GNR”.
“Ouvimos o actual presidente e candidato do PS a promover sessões de esclarecimento com comerciantes onde apresenta como solução para enfrentar a insegurança apoio financeiro para o gradeamento de lojas. Propõe guardas noturnos, como se estivéssemos de regresso à década de 70. Isto é aceitar o crime. Isto é normalizar a violência. É desistir da cidade”, critica a candidata.
A cabeça-de-lista pretende, antes, “uma polícia de proximidade”, “novas instalações para PSP e GNR com dignidade, mais efectivos, mais viaturas” e “mais meios”.
“Dizemos já ao Governo da República: Não vamos aceitar não sermos ouvidos, não vamos continuar a ser uma capital de distrito sem liderança e sem voz firme.
A sua candidatura é “do terreno, da escuta, da coragem e da competência”, Sofia Carreira avisou que “não vem para cumprir calendário”, mas para ganhar as eleições.
Considerando que a chegada do TGV é “um dos maiores desafios para Leiria” Sofia Carreira acredita que “pode ser o motor de desenvolvimento, aproximando Leiria de cidades como Lisboa, Coimbra, Aveiro e Madrid”.
Defende um novo plano de mobilidade, com vias alternativas periféricas, “que promovam a circulação em torno da cidade e assegurem ligação às freguesias em horários certos e seguros”, uma ligação intermodal ao centro urbano e “um Metro Bus ou um Metro de Superfície” e quer uma “política de estímulo ao comércio, com um programa sério para desenvolver parques industriais, centros de investigação de hubs tecnológicos”, mas também uma “política de habitação que garanta que Leiria cresça de forma certa”.
Sofia Carreira afirma que tem provas dadas quando foi presidente da Junta de Freguesia de Marrazes, enumerando a construção do lar e centro de dia, a segunda esquadra da PSP de Leiria, a Aldeia do Desporto e um Plano Estratégico, “que a Câmara respeitou e integrou no plano de urbanismo, até que foi abandonado pelo socialismo instalado”.
O que a move é o “compromisso com e por Leiria, porque o compromisso não é efémero, exige trabalho e dedicação”.
E critica os 16 anos de “caos urbanístico, colapso de mobilidade, desvalorização da segurança pública, abandono do empreendedorismo e da inovação, falta de habitação a preços controlados” e sangria das empresas no concelho”.
Refutando as acusações da herança que os sociais-democratas deixaram com a construção do estádio, Sofia Carreira garante que “não foi o estádio que travou o desenvolvimento de Leiria”, mas sim a “incapacidade [PS] de quem teve meios e não soube investir”.
“Hoje, o orçamento municipal é superior a 140 milhões de euros. Com este orçamento, como é possível justificar a falta de habitação a custo controlado? Como é possível a ausência total de uma verdadeira política de transportes?”, aponta.
Com o objectivo de devolver às freguesias “o lugar que merecem na acção política”, Sofia Carreira prometeu um concelho a “uma só velocidade: a da coesão territorial, da proximidade e do equilíbrio entre cidade e freguesias”.