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Home Viver

Teatro no museu. Zangas de escritores e esculturas com literatura numa hora que percorre 481 anos

Cláudio Garcia por Cláudio Garcia
Novembro 10, 2023
em Viver
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Teatro no museu. Zangas de escritores e esculturas com literatura numa hora que percorre 481 anos
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O gosto boémio de Camões e o desapego entre Fernando Pessoa e Afonso Lopes Vieira são levados à cena pelo Teatro à Solta numa nova experiência disponível no Museu Joaquim Correia, na Marinha Grande, dirigida a adolescentes e adultos.

Ao longo de uma hora, encomenda do Município, a Visita Literária apresenta, em personagens de carne e osso, sete escritores que nasceram e morreram entre 1465 e 1946 e que estão entre os mais importantes na história da literatura portuguesa, num período de 481 anos.

“Partimos sempre da comédia”, comenta Cristóvão Carvalheiro, responsável pela encenação, a que já assistiram duas centenas de pessoas desde a estreia na última semana de Setembro. “Achamos que é um veículo de acesso directo, é muito rápido”. Com Marco Paiva, Tânia Catarino e Jaqueline Figueiredo, o actor completa o elenco que dá corpo ao texto (e pesquisa) da autoria de Susana Rodrigues. As próximas sessões, ambas gratuitas, acontecem já no sábado, 11 de Novembro, com início pelas 11 horas, e, depois, durante a tarde, às 15 horas.

Gil Vicente, Luís de Camões, Francisco Rodrigues Lobo, Camilo Castelo Branco, Eça de Queiroz, Afonso Lopes Vieira e Fernando Pessoa são os autores em destaque, todos eles homenageados pelo escultor Joaquim Correia em obras que pertencem ao acervo do Museu na Marinha Grande – bustos, desenhos e medalhas.

A relação entre Afonso Lopes Vieira e Fernando Pessoa é, para Cristóvão Carvalheiro, a maior surpresa proveniente da investigação de Susana Rodrigues. “Relação de não amor, de ódio”, realça. A antipatia fica a descoberto no diálogo em que os actores do Teatro à Solta dão voz a uma troca de posts nas redes sociais. “Parece perceber imenso de literatura, para quem só editou uma obra”, começa Afonso Lopes Vieira. “Mais vale uma obra boa do que várias para criancinhas”, responde Fernando Pessoa. “Pegar na obra de outro autor e reescrever não faz dela uma obra boa, faz dela plágio”, insiste Lopes Vieira. “Olha quem fala”, devolve o criador de Álvaro de Campos, Alberto Caeiro e Ricardo Reis. “Realmente, o que é prestigiante é estar agarrado ao passado, colado aos clássicos. O senhor Lopes Vieira é um antiquado. As crianças são o futuro; a literatura infantil, não”. E o duelo prossegue: “O senhor Fernando Pessoa é um insolente. Escrever poemas que ninguém entende? Esteja à vontade, mas respeite os clássicos, são a alma da nação. E a sua crítica é execrável”, atira Afonso Lopes Vieira. Mas é Pessoa quem ri por último: “Olha, afinal parece que conhece palavras de adultos”.

Durante a Visita Literária, em que os diferentes escritores interagem, mesmo os que não foram contemporâneos, actualmente também em cena para grupos de estudantes, Cristóvão Carvalheiro procura focar a acção nos traços biográficos e de personalidade. “O nosso desafio é falar muito mais dos autores enquanto pessoas, não tanto das obras”, que já são ensinadas nas escolas e se encontram disponíveis. “De todas as curiosidades que façam com que a seguir se queira conhecer um bocadinho mais” e do que “transportaram para o movimento literário”. Os objectivos passam por contribuir para a “formação de público” e “ser a ponte” com o conhecimento.

“Neste momento, o público acha que não gosta de teatro, acha que não gosta de museus, acha que não gosta de arte, acha que não gosta de cultura”, assinala o encenador. A companhia procura trabalhar os conteúdos e “traduzi-los para que se possa passar a mensagem” e “prender a atenção”.

“Falamos da História da Literatura em Portugal”, tudo “em jeito de viagem no tempo”, conclui. Dois dos protagonistas são naturais de Leiria – Francisco Rodrigues Lobo e Afonso Lopes Vieira – e outro, Eça de Queiroz, desempenhou o cargo de administrador do concelho, antes de ser nomeado cônsul de Portugal em Havana. Muitos outros, igualmente fonte de inspiração para o mestre Joaquim Correia, ficaram fora do texto. Por exemplo, Aquilino Ribeiro e Bocage, que estão representados no Museu.

A vereadora da Cultura na Câmara da Marinha Grande, Ana Alves Monteiro, explica que a estratégia do Município contempla a “proximidade dos museus ao público escolar” para que os mais jovens “desde cedo frequentem espaços culturais”. E há sintonia com os currículos em vigor nos estabelecimentos de ensino. “Quando começarem a estudar a obra de Luís Vaz de Camões, vão associar que há uma escultura no Museu Joaquim Correia, vão criar ligações que lhes permitem fazer esta associação”. Em paralelo, a autarquia pretende continuar a abrir os equipamentos do concelho à comunidade para que “as pessoas sintam” que podem “ter um papel activo”.

Na Marinha Grande, a companhia Teatro À Solta é também responsável pelas visitas encenadas ao Museu do Vidro. Recentemente, iniciou programação semelhante no Museu Municipal de Pombal, com o espectáculo A Melhor Visita Encenada do Mundo.

Etiquetas: Marinha GrandeMuseu Joaquim CorreiraTeatro à SoltaVisitas Literárias
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