Depois de ter adquirido a Plasgal, no ano passado, a Tecfil, fabricante de fios e cordas da Marinha Grande, adquiriu já este ano a Gasplast. Paulo Valinha, administrador da Tecfil, explica que as aquisições permitirão reforçar as sinergias entre as empresas, desenvolver novos produtos e incorporar mais material reciclado no seu fabrico, tornando “clara a aposta na sustentabilidade e fomentando a competitividade”.
O início da Tecfil remonta aos anos 80, ainda que tenha sido, sobretudo a partir de 1991, que a empresa passou a desenvolver actividade de modo mais consistente, com um projecto trabalhado de forma mais dedicada. Actualmente, a unidade conta com uma equipa de 215 colaboradores e uma área coberta de 25 mil metros quadrados.
A maior parte da sua produção (cerca de 70%) tem por destino a agricultura, mas também a pesca, [LER_MAIS]o desenvolvimento de fios para utilização industrial, embalagem e construção. Exporta mais de 90% dos seus produtos, estando presente nos cinco continentes.
Em 2022, alcançou um volume de negócios na ordem dos 37 milhões de euros, registando um crescimento de 30% face a 2021.
Paulo Valinha atribui o crescimento acentuado (que tem sido uma constante nos últimos 10 anos) à “aposta da Tecfil em produtos de qualidade diferenciada que se convertem em valor acrescentado para os seus clientes”.
“Este valor acrescentado transformou-se num aumento da procura, ao qual a Tecfil tem correspondido com um investimento contínuo em novos equipamentos e novas tecnologias, que se tem traduzido em níveis elevados de satisfação e fidelização.”
O administrador refere que as soluções, ajustadas às necessidades dos clientes, resultam do trabalho de uma equipa multidisciplinar e polivalente da Tecfil, que propõe e desenvolve artigos inovadores. Sublinha ainda que, nos últimos oito anos, a empresa investiu cerca de 17 milhões de euros em novos equipamentos e tecnologias.
A aquisição da Plasgal, fabricante de filmes, mangas, sacos de plástico, aconteceu em Agosto de 2022. A empresa, de Leiria, que completa este ano cinco décadas, conta com cerca de 70 colaboradores activos, um volume de negócios de 10 milhões de euros e uma taxa de exportação próxima dos 10%.
O administrador congratula a equipa da Plasgal pela “receptividade, que desde logo acolheu e interpretou bem a nova visão e políticas a implementar, demonstrando uma atitude proactiva por parte dos seus colaboradores”. Postura idêntica encontrou também na Gasplast, reconhece o empresário.
Nesta fase, os equipamentos da Plasgal já quase atingiram a sua capacidade máxima de produção. O objectivo, explica Paulo Valinha, é que, em estreita articulação com a equipa comercial e de produção da Plasgal, venha a ser reforçada a eficiência e o dinamismo da empresa. Num segundo momento, como objectivo a médio/longo prazo, a meta será apostar no fabrico de novos produtos e no aumento da exportação, aproveitando canais e mercados onde o grupo já está presente.
Quanto à aquisição da Gasplast, empresa recente dedicada à reciclagem de plástico, cumpre um papel de relevo nesta aposta do grupo de incorporação de cada vez mais material reciclado nas suas unidades de produção.
“Esta aquisição cria condições bastante favoráveis para potenciar factores críticos de sucesso nas três empresas, nomeadamente sustentabilidade e competitividade”, salienta.
