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Home Abertura

Teletrabalho, uma tendência que veio para ficar, mas ainda a marcar passo na região

Maria Anabela Silva por Maria Anabela Silva
Janeiro 26, 2024
em Abertura
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Teletrabalho, uma tendência que veio para ficar, mas ainda a marcar passo na região
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A experiência do teletrabalho, imposta pela pandemia, levou Ricardo Figueiredo a querer mudar de vida. Gerente numa cadeia de fast-food, que implicava que o desempenho de funções fosse “100% presencial”, acabou por fazer um curso de programação, que lhe abriu a possibilidade de trabalhar remotamente.

Com a nova formação, mudou de emprego. Ingressou numa instituição bancária em regime híbrido, ficando uns dias em casa e outros no escritório. Os primeiros tempos correram bem, até que começou a sentir-se obrigado a retomar o trabalho presencial. Essa pressão foi o empurrão que precisava para procurar um novo emprego, com regime “mais flexível”.

Actualmente, Ricardo Figueiredo é funcionário numa transportadora, com sede em Torres Novas, onde vai três dias por semana. Nos restantes dias, trabalha a partir de casa, em Leiria, aproveitando o tempo que poupa nas deslocações para ir ao ginásio e estar com o filho, de seis anos, que já sabe que, nesses dias, o pai o vai buscar mais cedo à escola.

“Ganhei qualidade de vida. Como do dia para a noite”, afirma o programador, de 39 anos, que garante que, além da comodidade, consegue ser “mais produtivo” a trabalhar desta forma. “Não é um capricho. Traz vantagens ao trabalhador, mas também à empresa”, reforça.

Ricardo Figueiredo é um dos cerca de 880 mil portugueses a trabalhar remotamente. Os últimos dados do emprego do Instituto Nacional de Estatística (INE), relativos ao terceiro trimestre de 2023, revelam que, nesse período, 17,5% da população empregada, que corresponde a 877 mil pessoas, trabalhou a partir de casa. Dessas, 235 mil estavam “sempre” em teletrabalho, enquanto 327 mil fizeram-no “regularmente”, num sistema que concilia o trabalho presencial e em casa.

Já na semana passada, a empresa de recrutamento Talent Portugal revelou um estudo, segundo o qual, 55% das empresas no País está flexível à opção do teletrabalho e mais de metade (55%) das entidades inquiridas oferece esta forma de colaboração. “O teletrabalho veio para ficar. Não é só uma oferta das empresas, mas também uma necessidade dos candidatos”, constata Luís Sottomayor, fundador da Talent Portugal, em declarações à Rádio Renascença.

“Muitos candidatos já fazem depender aceitar um lugar do facto de poderem trabalhar remotamente, mesmo que seja apenas alguns dias por semana. É um factor que começa a ser importante nos processos de recrutamento”, atesta Ana Paula Santos, senior partner da APS Consultores, empresa de Leiria especialista na área dos recursos humanos.

A responsável frisa, no entanto, que esta é uma tendência que se faz sentir sobretudo em Lisboa e que em Leiria tem ainda pouca expressão. O mesmo atesta António Poças, presidente da Nerlei CCI e CEO da InCentea.

“O trabalho remoto ainda é pouco significativo na região. Podia ser mais utilizado com vantagens para ambas as partes, mas persistem muitas reservas por parte dos donos das empresas, que acham que controlam melhor as pessoas e a sua produtividade se as tiverem debaixo de olho”, constata o empresário.

Resistência das empresas

Também Ana Paula Santos reconhece que ainda há da parte de quem lidera “resistência” em adoptar o trabalho remoto. “Há dificuldade em confiar. Se manda uma mensagem de whatsapp ou um e-mail e a pessoa não responde no imediato, a tendência é deduzir que não está a trabalhar”, refere, salientado que essa “desconfiança” pode ser ultrapassada através da monitorização dotrabalho, ao nível, por exemplo, do “cumprimento de tarefas e de prazos”.

António Poças adverte, no entanto, que o teletrabalho, além de não se ajustar a determinados sectores, também “não é para todas as pessoas”. “Há quem não se consiga organizar e ajustar. Houve pessoas a quem tivemos de aconselhar vivamente que voltassem para o escritório”, conta o administrador da InCentea, a tecnológica sediada em Leiria que emprega cerca de 350 pessoas, “mais de 90%” das quais a trabalhar a partir de casa.

Em regra, os ‘teletrabalhadores’ da InCentea vão uma vez por semana ao escritório, sendo que as equipas “têm liberdade” para definir o modelo que mais se ajusta. A título de exemplo, António Poças refere o caso da equipa administrativa que faz escala para que esteja sempre alguém no escritório, porque “nem tudo pode ser feito remotamente”.

“O modelo é definido equipa a equipa”, reforça o empresário, que não tem dúvidas de que em sectores como o das TICE (Tecnologias de Informação, Comunicação e Electrónica) a aposta no teletrabalho “é inevitável”. “Não há volta a dar. No momento da contratação já há quem imponha como condição o modelo híbrido ou até 100% remoto.”

Fim-de-semana começa à quinta-feira

Gestor de projectos na 360imprimir, tecnológica com sede em Torres Vedras, André Marques trabalha remotamente, a partir de Leiria, cidade onde nasceu e à qual regressou com a pandemia, e a sua semana laboral termina à quinta-feira, já que na empresa funciona, há mais de um ano, o modelo da semana de quatro dias.

“À quinta-feira à noite já é véspera de fim-de-semana. À segunda-feira, retomamos com baterias mais recarregadas”, afiança o jovem, de 33 anos, que, por norma, vai ao escritório da empresa “uma vez, de três em três meses”, para reuniões presenciais.

“Não é obrigatório, mas também é importante pelo convívio”, reconhece André Marques, formado em Gestão e com mestrado em Marketing, que aponta como grande vantagem do teletrabalho a “qualidade de vida”, sobretudo, pelo tempo que poupa em viagens.

O gestor diz ainda que “é mais produtivo” trabalhando em casa, porque “há menos conversas paralelas e menos interrupções”. Mas também há desvantagens, como a menor ligação entre as equipas e maior dificuldade de coordenação dos trabalhos, reconhece, revelando que, no caso da sua empresa, além de reuniões periódicas no escritório, são promovidas actividades team building, que visam, precisamente, reforçar o espírito de coesão.

A menor interação com a equipa é também um dos aspectos menos positivos do teletrabalho apontado por Fábio Ferreira, engenheiro informático que trabalha para uma empresa americana a partir de Leiria.

Para minimizar essa dificuldade, os colaboradores portugueses costumam reunir-se esporadicamente, por região, num espaço alugado para o efeito, já que a empresa não tem escritório no País. “É a oportunidade de termos outro tipo de interacção”, refereo informático, de 32 anos, que se confessa um adepto incondicional do teletrabalho.

“Já nem o modelo híbrido me vejo a adoptar, a não ser que fosse na região. Dou preferência ao trabalho 100% remoto. Ganhei qualidade de vida, poupo tempo e dinheiro”, reforça Fábio Ferreira, que sublinha, no entanto, a impo tância de o ‘teletrabalhador’ ter regras e organização para que possa manter a produtividade. No seu caso, montou um escritório em casa e tenta definir um horário de trabalho e que este seja coincidente com os restantes colegas de equipa.

Mais dificuldade em “criar vínculos”

“Quando se trabalha remotamente, é importante que haja momentos em que toda a equipa o faça em simultâneo”, frisa António Poças, que não notou quebra de produtividade nas empresas do universo InCentea desde que o modelo actual foi adoptado. Diz mesmo que, “em muitas situações”, o regime em vigor “é mais eficiente”.

O empresário reconhece, no entanto, que há algumas desvantagens, associadas à dificuldade de “criar vínculos” ente as pessoas e de “transmitir a cultura” da empresa. No recente estudo da Talent Portugal as empresas inquiridas também assumem que o teletrabalho contribui para a “perda de ligação entre as equipas”, que se reflecte no processo criativo e na retenção dos colaboradores.

Mas nem sempre é assim. Na 360imprimir, com trabalho remoto e a semana de quatro dias, com um total de 36 horas, houve uma diminuição de “43% na rotatividade” de trabalhadores face ao anterior modelo e 78% dos colaboradores afirmam precisar de um aumento salarial de, pelo menos, 30% para considerar regressar ao antigamente. Ou seja, ao trabalho no escritório, de segunda a sexta-feira.

“Proporcionar bem-estar aos trabalhadores é bom para todos, a começar pelas empresas, porque colaboradores mais satisfeitos, são também trabalhadores mais disponíveis e criativos”, reforça Ana Paula Santos.

Segundo os últimos dados do INE, a maioria das pessoas que trabalha remotamente tem curso superior e contrato por conta de outrem e exerce actividade no sector dos serviços, com particular incidência na educação, serviços de informação e comunicação, e nas actividades de consultadoria, científicas, técnicas e similares.

Dos 877 mil teletrabalhadores registados em Outubro último, 388 mil residiam na Área Metropolitana de Lisboa, 237 mil na região Norte e 160 mil no Centro.

Etiquetas: empregoestatísticasLeiriateletrabalhotestemunhostrabalho remoto
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