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Nas últimas semanas, ir à Urgência Geral no Hospital de Santo André, em Leiria, é sinónimo de permanecer mais de meio dia sem qualquer atendimento médico. A alteração do sistema informático aliado às falsas urgências e à carência de médicos tem criado o caos neste serviço. As queixas dos utentes são muitas, que lamentam terem de esperar 12 e 13 horas para serem vistos por um médico.
E se alguns se dirigem ao hospital por sua iniciativa, outros são encaminhados por outros serviços. Foi o caso da mulher de Mário Bernardes. “Sentiu-se mal na rua e chamámos o INEM. Depois de ter sido observada, foi levada para o hospital. Tendo em conta que tinha dores no peito, foi-lhe feito um electrocardiograma”, revelou, denunciando que o exame perdeu-se no sistema informático.
Segundo o utente, a mulher entrou por volta das 14:30 horas e foi atendida por um médico cerca da 1:30 horas. “Disseram-nos que não tinham nenhum exame, pelo que repetiu o electrocardiograma e realizou análises. Saímos do hospital perto das 3:00. Denunciei a situação no Livro Amarelo, porque parece-me ser bastante grave uma pessoa estar uma dor no peito, perderem um exame e estar ainda 13 horas à espera de ser vista, quando entrou com o INEM.”
Fonte oficial do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) reconhece a existência de problemas com a implementação do novo sistema informático. “A única forma de não haver problemas era o hospital fechar para implementar o sistema, mas isso não é possível.”
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